Imagem: OitoNoveTrês

Tem coisas realmente inacreditáveis.

Ano passado, em julho, fomos procurados por uma entidade de classe com um pedido de palestra para um evento numa cidade do interior de um grande estado brasileiro. O evento seria no dia 20 de março deste ano. Como se tratava de um evento destinado a universitários, concedemos um expressivo desconto, como fazemos sempre. Negócio fechado. Agenda bloqueada.

Como fazemos sempre, em casos de eventos marcados com grande antecedência, mantivemos contato com a entidade contratante durante o segundo semestre do ano passado e no início deste ano e seguimos sendo informados da normalidade da contratação e confirmação da data: 20/03/2020.

Hoje recebemos um lacônico telefonema (seguido de um igualmente lacônico e-mail) informando que a nossa participação foi cancelada.

Perguntei se o evento foi cancelado ou adiado. "Não. O evento ocorrerá normalmente. Acontece que a entidade tem agora um novo presidente, que é agrônomo. E ele decidiu que, em vez de um engenheiro eletricista a palestra deverá ser ministrada por um agrônomo".

E é isso. Ponto final.

Fico aqui me perguntando, que diferença faz eu ser engenheiro eletricista, engenheiro civil, agrônomo, arquiteto, economista ou administrador, para apresentar uma palestra sobre OBSTÁCULOS E ARMADILHAS DURANTE AS NEGOCIAÇÕES DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA?

Mas... se é assim que a entidade pensa, agora sob nova direção... segue o baile.

PADILHA, Ênio. 2020