Nesta semana a seção ENTRE ASPAS do meu site é servida com frases do meu querido amigo, engenheiro, professor e atleta (maratonista) Sebastião Lauro Nau.
Faz parte, ainda, das comemorações pelo lançamento do seu belíssimo livro O QUE APRENDI COM AS MARATONAS

Vou dizer duas palavrinhas sobre o livro.

SEBASTIÃO e eu nos conhecemos na faculdade de Engenharia Elétrica na UFSC, no início dos anos 1980. Eu, corredor de fundo e meio fundo na equipe de Florianópolis. Ele jogador de futebol nos fins de semana.

Consegui convencê-lo de que, se ele treinasse com a gente iria obter força, resistência e velocidade para se tornar um jogador de futebol ainda mais eficiente.

Não poderia imaginar que estava plantando a semente de um maratonista com tantas histórias pra contar (e emocionar).

Ele aceitou o convite, integrou-se à nossa equipe e tornou-se um atleta com ótimo desempenho. Mas o atletismo o perdeu para a Engenharia (o que foi muito bom para a Engenharia).

O seu retorno às corridas somente se deu 19 anos depois da sua formatura. E quem ganhou com isso foram seus companheiros de jornadas (e aventuras) em corridas pelo Brasil e em outros países. Porque Sebastião, além das qualidades de atleta (especialmente a fortaleza espiritual) é a melhor pessoa para ter como amigo e parceiro em qualquer atividade.

Temos um amigo em comum, Marcos Vallim, que o trata, carinhosamente, como São Sebastião, como uma forma de dizer que não existe alguém melhor, mais honesto e de melhor caráter do que ele para se ter como amigo.

Sebastião aprendeu muito com as maratonas (como este livro mostra muito bem) mas eu tenho certeza de que todos que estiveram com ele ao longo de todas essas histórias tiveram também a oportunidade de aprender lições valiosas.

E quem não aprendeu lá, aprende aqui. Esse livro é mais um gesto de generosidade de quem, como bom professor, não guarda apenas para si nenhum conhecimento útil.

O texto acima está na orelha da capa do livro. Recebi com muita alegria o convite para escrever essa apresentação do autor. Escrevi com muita emoção por estar participando de forma ativa na materialização desse projeto dele. Sebastião sempre foi e sempre será um amigo muito valioso.

Agora vou falar um pouco sobre o livro (depois de tê-lo lido duas vezes) e dizer porque você, engenheiro ou arquiteto (atleta ou não) deveria lê-lo.

O livro é (didaticamente) dividido em 4 partes: na primeira, INICIACÃO, ele fala da sua infância e juventude e de como chegou ao atletismo. Fala dos medos infantis de criaturas como o boitatá, do lobisomem, da mula-sem-cabeça, das bruxas e de outros seres assustadores. Não faltavam motivos para correr.

Ainda nesta primeira parte a história corre até chegar às corridas de rua já em Jaraguá do Sul, muitos anos depois de estar formado engenheiro.

Na segunda parte, AÇÃO, ele fala de atitude, coragem e companheirismo, em várias histórias de corridas realmente desafiadoras.

Na terceira parte, DIVERSÃO, ele mostra como correr na rua, na montanha ou em maratonas pode ser muito divertido. E, no fim do capítulo, propõe uma série de Multas para corredores que cometem pecados contra si mesmos, contra seus colegas ou contra o espírito esportivo. É claro que é uma brincadeira. E é divertida. Mas não deixa de ser uma boa reflexão.

A quarta parte, EMOÇÃO, já começa comum dos melhores textos do livro.
Você, provavelmente, já ouviu a história do soldado grego Fidípedes, que teria corrido de Maratona até Atenas (42 km) para dar a notícia da vitória na batalha e que, depois dessa jornada, teria caído morto, exausto.

Pois Sebastião reescreve a história, em primeira pessoa e com uma riqueza impressionante de detalhes. O texto é lindo e emocionante.

Mas é também nesta parte do livro que estão grandes ensinamentos, através de contos, fábulas e as conclusões que estão no último texto, que, por sinal, dá nome ao livro: O QUE APRENDI COM AS MARATONAS. (alguns desses ensinamentos estão nas frases selecionadas para a seção ENTRE ASPAS desta semana)

Vale a pena ler o livro. Agora! (clique AQUI)

PADILHA, Ênio. 2022