Caro Ênio, saudações.
Sou grande admirador de uma porção de seus pensamentos; tanto é verdade que me dei por muito satisfeito ao comprar um de seus livros que trata do Marketing para Engenharia e Arquitetura.
Pois bem, meus comentários: 1- concordo que parte do "ser" (verbo) humano é a evolução, aprimoramento e progresso. Não fosse isso não teríamos dotes de inteligência e consciência. Acredito que possamos construir casas, máquinas, roupas, agricultura e tudo mais com engenharia, tecnologia e similares com menores impactos, e de forma a vivermos bem. Em teoria, quanto menos tempo tivéssemos de "trabalhar" em atividades brutas, mais tempo teríamos para ler, pensar, evoluir nossa consciência. Sabemos que é exceção esse padrão de comportamento. Concluo que é o consumo desenfreado, o consumo banal e a filosofia de vida neoliberal que cria isso. Sendo assim, não é a profissão de engenharia a culpada, de fato! É mais um problema filosófico, moral, político e, portanto, social, que qualquer outra coisa, o responsável pela destruição ambiental indiscriminada;
2 - Corrupção EXISTE, sim, em toda parte. Faço um adendo: vai além das fronteiras de grande obras, grandes empreiteiras. Sim, sim, falo daquele engenheiro, arquiteto ou empresário "esperto" que cobra "RT" para indicar algum "parceiro". Isso é corrupção, é peite, propina, por mais rebuscada que se torne, seja o pagamento em dinheiro, panetone, cerveja ou mesmo uma noite de sexo. Com conhecimento de causa digo que existem MUITAS construtoras, escritórios de arquitetura e gerenciadoras cujos "profissionais" de setor de compras possuem dois soldos: o da empresa de onde trabalha e da empresa "para qual" trabalha. Pois é. Acho que não é má formação enquanto "profissional", mas sim como cidadão. Mais uma vez chego ao mesmo ponto: é mais problema filosófico, moral, político e, portanto, social, que qualquer outro. Na Engenharia fica mais evidente pois é, de fato, um dos segmentos que mais movimenta dinheiro, portanto, onde o interesse é despertado por urubus das mais longínquas planícies.
Forte abraço!
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