POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM - REPERCUSSÃO

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Nesta página estão apresentados TODOS os e-mails recebidos a respeito do artigo \"Por que é que a gente é assim?\" durante as primeiras semanas após a sua publicação em 14/02/2002.
Os textos são apresentados NA ÍNTEGRA, SEM CORTES.








Fábio Nascimento
Engenheiro Pesquisador
Rio de Janeiro-RJ
fabion@ufrj.br

Prezado Eng. Enio,
Congratulações pelo excelente texto \"Por que a gente é assim\". Tenho 17 anos de vida universitário, sendo 12 como pesquisador da Coppe/UFRJ, e pela primeira vez li uma reflexão tão elucidativa sobre a nossa formação \"superior\".
Saudações,


Márcio Leal
marcinho_df@yahoo.com.br

Li seu artigo sobre a estima dos estudantes de engenharia, e o comportamento dos professores.
Concordei plenamente.
Fiquei sabendo q vc, vai dar palestras em todas as capitais do país. Queria saber se quando vc vier à Brasília, qual seria a chance de vc nos dar uma palestra, na UnB? Sou estudante de engenharia elétrica, e eu e meus amigos, ficamos revoltados com nossa situação. Sabemos q temos q mudar, e gostaríamos de uma palestra sua.
Seu artigo foi passado por e-mail, para todos os professores do nosso departamento, e esperamos q com isso, algo mude. Sabemos q é muito difícil, mas contamos com seu apoio.
Se o senhor vier a Brasília, sinta-se convidado a nos dar esta palestra, e se quiser, pode entrar em contato comigo, através do meu e-mail.
Parabéns,


Alexandre - CRV
alexandre@netcrv.com.br
É muito interessante ler uma idéia que parece ter saído de minha própria cabeça. Quando percebo que quem a escreveu foi um colega desconhecido, não me sinto tão só ou semi-incompetente. É verdade que nos últimos semestres recuperei a maior parte da auto-estima que havia perdido desde o início do curso, felizmente. Esta minha colocação é feita num impulso emocionado após ler o texto abaixo. Pretendo relê-lo para aprofundar-me mais em seu significado mas, tenho certeza, concordo com pelo menos 99% do conteúdo. Parabéns, colega Ênio, por sua sensibilidade. Obrigado Ana, por me ter enviado esta “sessão de terapia”.


Renato Pedrosa
pedrosa@ime.unicamp.br
06/03/2002 18:54:20
Para: MARCO AURELIO GOULART CANONGIA
GOULART/Embratel@Embratel
Assunto: Re: Engenheiros
Caro Marco, discordo dessa sua posição de regulamentação geral das profissões.
Exceto na medicina e na engenharia civil, o resto não deveria ter nenhuma regulamentação. Talvez a advocacia, mas suspeito que é mais reserva de mercado que outra coisa.
Numa sociedade que não seja nem cartorial, quem não tem competência não se estabelece e assim deveria ser. Se o cara é bom em computação, para que algum título para trabalhar? Alguém vai a um show por que o músico se formou na Unicamp como músico? O título é um indicativo inicial, depois de algum tempo não vale mais nada.

Abraços, Renato.


GOULART@embratel.com.br
Renato,
Entendo seu ponto de vista e não discordo dele. Só que estendo suas exceções para energia ou sistemas de potência, petróleo ou química, telecomunicações (radiofrequência), odontologia, construção naval e mecânica pesada. Pronto, voltamos a quase todo o espectro de atuação da engenharia. Nessas coisas não é só quem tem competência que se estabelece. Em alguns casos a competência é tudo,como quase tudo relacionado a eletrônica ou informática, pois não dá muito choque e os erros podem ser facilmente consertados sem maiores danos, mas em outras há necessidade de uma ação reguladora para que possam haver recursos penais aos erros ou excessos cometidos. Erros que podem trazer danos que transcendam aos limites do projeto ou atividade. A sociedade que ter o direito de corrigir estes danos e também de punir os responsáveis.
Uma recomendação de um Caetano ou Gil vale muito mais que um diploma da Unicamp para um músico, assim como uma referência da Cisco, em muitos casos, vale mais que um diploma de engenharia, mesmo na Unicamp. Mas isso não pode ser generalizado. E é aí que reside meu ponto de vista. A clara definição das fronteiras da regulamentação e sua efetiva aplicação; apenas onde ela deva ser regulamentada.
Marco


Marisa Barreto
Formada em Ciência da Computação
Londrina - PR
barreto@sercomtel.com.br
Sr. Enio,
Gostaria de parabenizá-lo pelo texto \"Por que é que a gente é assim?\". Mesmo não me encaixando em uma categoria (quero dizer, não sou engenheira, nem médica, nem advogada; Sou formada em Computação), creio que minha experiência dentro da faculdade foi muito bem descrita em sua dissertação. Ao entrar na universidade, tinha muita vontade e disposição para me tornar uma profissional excelente em minha área. Ao sair, não sabia porque tinha escolhido aquele bendito curso. Ao contrário da minha irmã (que faz odonto) e \"ama\" sua carreira (ela já atende a pacientes), mesmo estando apenas no 3º ano.
Foi, de certa forma, gratificante me deparar com seu texto e perceber que esse sentimento meio frustrante com relação à universidade e suas metodologias de ensino, principalmente na área de exatas, não é comum só a mim.
Mais uma vez, parabéns. Abraços Marisa


Engenheiro Civil André Luiz Martinelli Santos Silva
Especialista em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental - IPH/UFRGS
andresan@cpovo.net.
http://martinelli.rgsul.net
Estimado colega, Eng. Ênio Padilha
li o seu texto intitulado \"POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM?\" e acredito que a discussão alí suscitada é extremamente importante, vêm muito a propósito e sua análise e ponto de vista alí externado se sustenta bem. Estou repassando o texto a diversos outros colegas.
Abraços,


MARCO AURELIO GOULART CANONGIA
GOULART/Embratel@Embratel
Pegando o gancho do que é mencionado, entendo que cada vez mais a profissão vem se afastando do seu fundamento maior: o contato e a produção de tecnologia.
Olhando o passado recente do setor de telecomunicações, como exemplo, o processo de privatização empreendido pelo governo, com a internacionalização do capitaldas empresas, trouxe como consequência a importação dos modelos e soluções derede através de acordos e parcerias internacionais, feitos no país sede. Comisso, a decisão, desenvolvimento e condução dos planejamentos estratégicos dasempresas, antes pertencentes ao governo brasileiro, foi deslocada para outros centros, alijando-nos por consequência do processo tecnológico. As indústrias nacionais, como reflexo, passaram a disputar o mercado nacional com desvantagem.
Fabricantes americanos, europeus, japoneses, coreanos e chineses invadiram o mercado suprindo as necessidades do plano de metas estabelecido pelo governo. O plano definido estimulou as empresas a cumprirem a antecipação de suas metas, de forma a terem o direito antecipado de competir em outros segmentos.
Principalmente a Embratel, Telefônica e Telemar passaram os últimos 2 anos em umgigantesco projeto de expansão que foi uma festa aos fabricantes (estrangeiros), oferecendo uma grande quantidade de oportunidades. O mercado realmente viveu um boom. Atualmente, com as metas cumpridas e uma oferta maior que a procura, devido ao plano ter suplantado a real necessidade do mercado, observa-se um altograu de ociosidade da rede, um aumento da inadimplência e um alto individamento destas empresas. O mercado vive a ressaca. Seria impensável o governo privatizar os hospitais públicos ou tribunais de justiça como fizeram com as empresas de telecomunicações, criando uma Anatel com os cacos que sobraram da Telebrás. Hoje, inclusive, está estampado na 1a. páginado JB que a Telemar irá demitir 5.000 empregados tendo já demitido 8.700 no trimestre passado. Os setores de construção civil, naval e mecânico devem viver situações semelhantes.A profissão de engenheiro, por seu relacionamento com a tecnologia, requer o capital. Assim, apesar do profissional ser liberal, não é comum encontrar consultórios ou escritórios de engenheiros, salvo os civis. A pessoa física dificilmente solicita seus serviços e sua saúde ou finanças não dependem do profissional de engenharia. O engenheiro, hoje, tem sua componente tecnológica substituída pela sua capacidade de adaptação e raciocínio lógico, altamente interessante a setores como o bancário ou de serviços. Somos valorizados sim, mas não pelo que muitos de nós gostariam. Existe muito pouco espaço para a indústria nas áreas de infra-estrutura associada a tecnologia, áreas que requerem a mão de obra técnica especializada.
Os médicos se organizam e criam congressos médicos e sociedades atuantes em cada especialidade e os advogados possuem uma OAB para evitar a banalização da profissão. Os engenheiros não parecem se mobilizar até porquê está difícil caracterizar as fronteiras de algumas ênfases da profissão. Alguém poderia me dizer onde está a fronteira entre o engenheiro de telecomunicações, o eletrônico e o de computação? Alguém poderia dizer a fronteira entre o engenheiro e o profissional de informática? E entre o engenheiro e o tecnólogo? E do tecnólogo e do técnico de 2o grau? Nossa valorização, a meu ver, começa ou recomeça na discussão fundamentada nos objetivos e na legislação que regulamenta a profissão do engenheiro. Os CREAs não me parecem capacitados ou interessados a tal.
Para relaxar, uma historinha interessante:
Três advogados Argentinos e três engenheiros brasileiros estavam viajando de trem para uma conferência. Na estaçao, os três advogados compraram um bilhete cada um, mas viram que os três engenheiros compraram um só bilhete.
- Como é que os três vao viajar só com um bilhete? - perguntou um dos advogados.
- Espere e verá - respondeu um dos engenheiros.
Entao, todos embarcaram. Os advogados foram para suas poltronas mas os três engenheiros brasil;leiros se trancaram juntos no banheiro. Logo que o trem partiu, o fiscal veio recolher os bilhetes. Ele bateu na porta do banheiro e disse:
- O bilhete, por favor.
A porta abriu só uma frestinha e apenas uma mao entregou o bilhete. O fiscal pegou e foi embora.
Os advogados argentinos viram e acharam a idéia genial.Entao, depois da conferência, os advogados resolveram imitar ao engenheiros na viagem de volta e,assim, economizar um dinheirinho (reconhecendo ainteligência superior dos engenheiros brasileiros).
Quando chegaram na estação, compraram só um bilhete.
Para espanto deles, os engenheiros nao compraram nenhum.
- Mas, como é que vocês vao viajar sem passagem? - um dos advogados perguntou perplexo.
- Espere e verá - respondeu um dos engenheiros.
Todos embarcaram e os advogados se espremeram dentro de um banheiro e os engenheiros em outro ao lado.
O trem partiu. Logo depois, um dos engenheiros saiu, foi até a porta do banheiro dos advogados, bateu e disse:
- A passagem, por favor.................


Juliano Dalla Rosa
Juliano.Rosa@alcoa.com.br
Você esta repleto de razao em seu texto,
quando li este texto me vi dentro da faculdade. Até parece que você estudou
la!!!!! estudo na Puc minas, campus Poços de Cadas....
Você acertou em cheio , foi batata mesmo!!!!
att,


Guilherme_K_
Joinville-SC
giesbrecht@multibras.com.br
Foi você mesmo quem escreveu isso? Se sim, então você é o maior exemplo do estereótipo defendido neste \"ensaio\".


Renato Pedrosa
pedrosa@ime.unicamp.br
Pessoal,
engenharia é a melhor carreira, você pode ser quase qualquer coisa depois, desde matemático, físico, até trabalhar (e ficar rico) no mercado financeiro. Não tem esse peso tradicionalista das carreiras tipo medicina e direito.
Como escrevi antes, os alunos de medicina da Unicamp são os que mais consomem drogas e onde há mais tentativas (e sucesso) de suicídios.
Abraços, Renato.


Dr.Felipe Rudge
Fundação CPqD - Campinas SP
rudge@cpqd.com.br
Embora meu diploma de graduação seja bacharelado em Física, com mestrado em Física Aplicada e doutorado em engenharia elétrica, meu vestibular e primeiros anos foram em engenharia (PUC-RJ).
Achei excelentes suas sinceras colocações. Mas embora tenham fundamento não creio que a diferença seja tanta. Quanto à auto-estima sim. Mas quanto à relação com os professores, praticamente não há diferença. E falo por experiencia em casa.
Mas que os engenheiros, quimicos, físicos , e outros profissionais altamente qualificados de ciencias exatas e da Terra, são tratados como \"reles\" estudantes, ah isso é verdade. E pior, um estagiário de advocacia é Dr.(Dra.) veja este processo; um de engenharia é ô rapaz faz isso aqui...e quero relatório detalhado (ou então Moça, pega ali o multimetro, mede ali a tensão dos terminais, mas cuidado hein!..) Isso no 5o. ano ou já na pós!!
Creio que isso acontece porque os engenheiros e afins não tem ação direta sobre as pessoas, como a ação judicial de um advogado, a broca do dentista, ou o bisturi do médico. Parece que paira uma ameaça, e por conseguinte cria-se um respeito uma admiração, caso contrário vc. está ferrado na mão desses seres superiores.
E pior , eu manjo mais de som que esses caras que projetaram essa droga desse amplifificador; e pra fazer uma casa desse jeito eu faço melhor; e essa droga desse carro que não pega quando tá frio, e nem saiu da garantia...
Se o trabalho de valorização não começa na própria \"casa\" (a faculdade ou instituto) não vai ser no grande público que vai encontrar o devido reconhecimento.
Sds. corporativas, FRB.


Prof. Gertz
assengmecanica@ulbra.br
Concordo sobre as deficiencias de formação do engenheiro... mas lembro que os advogados, médicos e dentistas estão passando por uma fase muito ruim... salários péssimos... acho que comparar a engenharia com direito é comparar aves com mostarda... já imaginou um engenheiro com a qualidade de formação que tem um advogado... em suas salas de aula lhes ensinam que não deve existir ética na defesa de seus clientes????
Também não acredito na influência da vestimenta.
Em breve serei doutor, estudei sete anos após me formar e acho descabível um médico dentista ou advogado ter este título. Não que o valorize, mas é uma questão de honestidade.
Acho que a formação do engenheiro deve mudar, mas não é pela roupa, nem pelo falta de conhecimentos de administração.
Eu não gostaria de formar engenheiros pré-potentes como os médico... os dentistas trabalham 10 horas por dia e estão estressados... o advogados nem precisamos comentar sobre suas qualidades...
Lembro também ~uma universidade formada por profissionais que trabalham na industria jamais conseguiria devsenvolver seu potencial de conhecimento no ramo das novas técnologias... Vc acredita que um engenheiro que trabalhe numa industria metalurgica tem tempo para aprender sobre moelamento matemático do escoamento do metal durante o processo de conformação?????
O MEC preciona as escolas para que os professores tenham dedicação exclusiva...
Existem muitos professores que trabalham nas universidades apenas para manterem um posição de respeito...
Acredito em bons professores... independente de sua formação.
Muito bom o seu texto.
Parabéns


Anna Cristina Graf
annagraf2001@yahoo.com.br
Professor Ênio!
Sou estudante do curso de Engenharia Mecânica na UFRGS e recebi por e-mail o seu artigo sobre os estudantes de engenharia. Sua reflexão é importante e quero lhe dizer que procuro não me enquadrar nesse perfil que é moldado pela faculdade. Mas confesso que é difícil.
Procuro andar bem vestida, buscar estar sempre bem informada sobre tudo o que acontece no mundo, ir a cinemas e me divertir. No entanto o estudo preenche a maior parte do meu tempo, pois só assim é possível passar em todas as cadeiras.
E o que falta aos estudantes de engenharia é justamente abrir os horizontes e não se submeter completamente ao que pregam os professores. Gostaria de ter forças mudar essa mentalidade dos meus colegas e a didádica usada pelos meus professores.
Por isso enviei seu artigo a todos colegas que pude para abrir os seus olhos.
Descobri que é possível aliar um curso de engenharia - e com notas boas - com a vida fora da faculdade.


Christiano Calado
ccalado1975@hotmail.com
Amigo Enio
Gostei muito do seu comentario intitulado Por que que a gente e assim ?
Sou engenheiro mas naum exerco a profissao ja” que preferi enveredar pelo caminho do marketing tambem, apesar de dar uma guinada de 360 vindo aqui pra Londres pra falar ingles e desfrutar um pouco dessa vida de pais de primeiro mundo o que eu realmente queria saber de vc se vc conhece um melhor caminho pra desenvolver essa vontade que tenho em enveredar por esse caminho do Marketing que eu acho fascinante !
espero naum estar sendo inoportuno.
abracos


Weber Figueiredo
Professor na UERJ e CEFET
webr@gbl.com.br
Prezada ex-aluna Xana
Achei muito interessante o artigo que v. me enviou (Por que é que a gente é assim? do Eng. Ênio Padilha) e na qualidade de professor de engenharia da UERJ e do CEFET, gostaria de fazer alguns comentários. Pediria que v. retransmitisse para os colegas.
SDS. Weber

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Sobre o artigo (final deste e-mail) acredito que um dos motivos para a diferença entre médicos, advogados e engenheiros seja o mercado de trabalho. Assim: Médicos, dentistas e advogados são formados para trabalharem como médicos, dentistas e advogados e realmente vão trabalhar com tal. O médico medica, o dentista cuida dos dentes e o advogado advoga.
Quanto aos engenheiros, a grande maioria não vai trabalhar como engenheiro de concepção (projeto), que é a função mais nobre da engenharia. Estudar tanto para fazer papel de técnico ou vendedor é lamentável. A eletrônica, elétrica e mecânica estão totalmente desnacionalizadas. Toda a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico já foi feito no exterior (G7). Resta ao engenheiro brasileiro funções que não necessitam de toda aquela base científica e tecnológica dada num curso de engenharia. Quanto aos engenheiros civis, ainda há algum campo para projetos de porte mas que já está sendo ocupado por firmas multinacionais que trazem os projetos prontos. Resta, então, obras pequenas que não interessam às grandes empresas. Mas, aí, há a concorrência dos técnicos e mestres-de-obra. E mais, a engenharia civil fica estagnada quando o país entra em recessão. Ela vem a \"reboque\" das outras atividades econômicas que necessitam de prédios para se instalarem. Se não houver crescimento econômico, a engenharia civil ficará só com a conservação do que já foi contruído. Para isso, não precisa de tanta mecânica racional ou fenômeno de transportes.
A engenharia de produção está mais próxima da realidade do mercado, pois o aluno aprende superficialmente um pouco de cada assunto técnico, além de administração e economia, e suas atividades vão se concentrar na administração da produção (muito importante) e não em projetos que necessitam de base científica.
Os países ricos são ricos porq

Comentário #1 — 31/07/2007 00:39

Daniel Tablas — estudante de engenharia agronomica — ribeirao preto

senhor Ênio,
acabo de ler seu artigo: Por que é que a gente é assim?
acredito q seu texto tocou-me a alma!!
este é o terceiro texto q escrevo!!(apesar de nunca ter mandado nenhum deles!)
ele me revolta ao mesmo tempo q me acelera e meche comigo!!
sera q todas as universidades agem deste modo!!
... bom quero parabenisalo por ser tao bom escritor.
se um dia puder vir fazer uma palestra na ufscar no campus de araras!! eu e meus colegas ficariamos ''felizes'' por sua presença!!
e talvez poderiamos discutir o fato da uniao entre os alunos...pois este é o unico fato q discordo do texto!! somos muito unidos e sempre nos ajudamos!! entre em contato atravez do meu emai!
agradecido.

Comentário #2 — 18/06/2009 14:24

Kylly Sammah Hopffer Almada Correia Varela — Engenheira — PRAIA

Muito Obrigado pelas informações!!! Deus vos abençoe e que tudo seja perfeito nas futuras palestras. Há muito que estava à procura de informações do género, e graças a Deus já encontrei!!! Um THANK YOU muito especial!!. Tentarei manter o contacto e divulgarei. Tudo de Bom!!!

Comentário #3 — 13/02/2010 03:17

Marco Antonio — Engenheiro Eletricista — São Vicente

Caro Enio,
Parabéns pelo excelente texto que expressa a realidade dos cursos de Engenharia. Sou Engenheiro Eletricista e atuo na área de técnologia da informação e durante o curso existia muitos professores despreparados (muitos eram acadêmicos que não tinham visão de mercado e outros Engenheiros) e isso teve muito impacto em nossa formação. Muitas universidades deixam a qualidade do curso de Engenharia de lado e visam apenas o lado financeiro. A visão que tenho do mercado de trabalho é que a profissão de Engenharia está perdendo força no Brasil, pois muitas empresas contratam poucos Engenheiros e quando contratam querem registrar como simples Analistas, por diversas questões: salarias, o profissional fica atrelado a um sindicato sem força, um exemplo claro está na área Tecnologia da Informação. Muitas empresas não estão mais preocupadas com formação acadêmica e preferem contrarar um profissional com esses famosos cursos de 2 anos (Isso só tem no Brasil) e com certificados dos principais fabricantes como Microsoft, Cisco, Chekpoint e outros. Para mim falta uma regulamentação para área TI, pois é muito bagunçada. Percebo que muitas empresas da área de Tecnologia ao contrarar um profissional estão perdidas, pois não sabem qual profissional contrarar (Engenheiro, Cientista da Computação ou Tecnólogo), talvez seja um flexo da zona que se tornou a educação do Brasil.

Comentário #4 — 25/10/2012 18:26

Mídian — pedagoga — Santo Andre

Seu texto é extremamente reflexivo ! Acredito que não se estende somente ao curso de Engenharia; Partindo desse e de outros pressupostos, é provável que estas sejam algumas das razões pelas quais muitos estudantes abandonam o curso e aparecem muitos reclamando: " Emprego tem o que falta é qualificação profissional"


Infelizmente, se continuar com tais metodologias, talvez num futuro bem próximo, não teremos Engenheiros no país. É necessário motivar os alunos desde a primeira fase da educação básica e todo professor sabe disso...E por que será que a grande maioria dos professores não motivam seus alunos? Talvez seja pelo motivo de não terem sido motivados, valorizados tambem; A educação em nosso país pede socorro! É preciso que haja mudanças e essas mudanças devem começar pelo professor que está todo dia como o aluno. Ao professor cabe a postura de não se achar o detentor do conhecimento e ao aluno cabe fazer valer a sua cidadania, ou seja é necessário que a educação dialógica seja um método permanente... É preciso que haja respeito e parceria entre docentes e discentes pois toda profissão tem o seu valor ! O que seria de nós sem os Engenheiros?


Parabéns pelo artigo! Show....

Comentário #5 — 16/04/2013 14:16

Lucas César Soares Martins — Técnico em Eletrotécnica — Pedregulho, SP

Concordo em partes com o artigo. Realmente colocamos nossa auto-estima em jogo as vezes, e na maioria delas, somos vencidos pelo cansaço psicológico. Porém dizer que um estudante de engenharia sai para a vida profissional destituído de auto-estima, sem consciência do valor próprio e cabisbaixo, seja talvez um equivoco. Não me formei ainda, concordo que o futuro engenheiro saia sem uma ideia formada, devido a falta de convívio com o meio profissional, mas sai com certeza, cheio de vontade de vencer e mostrar seu potencial, e ciente de que foi um vitorioso em se formar no seu curso.
Dizer também que "Engenheiros (ao contrário de advogados, médico e dentistas) não comandam seu ambiente de trabalho. Por mais que detenham o conhecimento e a técnica, os engenheiros são, via de regra, pouco influentes em relação ao produto final, (...)" me parece uma opinião de quem não convive com a realidade de uma empresa.
Em resumo, o texto mostra a realidade dos estudantes, e o quanto a falta de interação do meio acadêmico com o meio profissional é desmotivante aos alunos. Talvez, e digo talvez pensando em um com certeza, seja essa uma das maiores condicionantes para a tamanha evasão dos cursos de engenharia.
Um ótimo artigo a ser copiado para os colegas e professores da faculdade, talvez motive todos a ver o curso de engenharia de forma diferente. Parabéns Enio.

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Prezado Lucas

Eu não tenho como tirar este artigo da internet, uma vez que ele é o meu texto mais lido e discutido.

Mas preciso fazer uma observação importante: A leitura deste texto precisa ser feita levando-se em conta o contexto em que ele foi escrito. Em 2002 a Engenharia Brasileira estava ainda sob os efeitos de mais de 20 anos (VINTE ANOS!) de dureza total. A auto estima dos profissionais era muito baixa. As perspectivas não eram boas. A evasão nos cursos de Engenharia era muito grande.

Este quadro não existe mais. A evasão é mínima. Todo estudante de Engenharia sabe que vai se dar bem na vida. Os tempos são outros.

Eu penso que muita coisa deste artigo não tem mais importância nos dias de hoje. Mas, acredito que ele foi muito útil e explicou muita coisa naqueles dias nublados de 2002.

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