CARTA A UM CALOURO (DE ARQUITETURA OU DE ENGENHARIA)

(Publicado em 27/07/2011)





Imagem: Pixabay



Parabéns! Você acabou de ingressar numa carreira muito bonita, cheia de recursos e alternativas. Sim, sua carreira começa agora, no primeiro dia da faculdade e não no dia da formatura, como muita gente pensa.

Quando analisamos a carreira de um profissional, quaisquer que sejam os critérios ou parâmetros sempre chegamos à conclusão de que o que é feito (ou deixado de fazer) durante o curso, ecoa por toda a carreira. É impossível desvincular as conquistas e as derrotas, o sucesso e o fracasso de um profissional das suas decisões, atitudes e comportamento DURANTE a faculdade.
Portanto, preste atenção no que você faz ou deixa de fazer agora. A conta NÃO será apresentada daqui a cinco ou dez anos. A conta será cobrada daqui a trinta anos, quando você já estiver formado a 25. É aquele momento da carreira em que o profissional começa desfrutar dos investimentos pessoais de tempo e energia realizados até ali.

Aqui esbarramos em dois problemas típicos da juventude: você deve ter 17, 18 ou 19 anos e, se você for uma pessoa normal, (1) Você não deve ter muita paciência com textos longos e já deve ter corrido o olho até lá embaixo e não gostou nada do comprimento dessa conversa; (2) Você nunca pensou em você mesmo com 50 anos de idade e, portanto, não considera necessário se preocupar com uma conta que só será cobrada daqui a 30 anos.

Bom, com relação ao tamanho do texto, admito que o poder de síntese é importante... mas, acredite, existem assuntos que realmente exigem mais de 140 caracteres para serem tratados com o devido respeito. A sua carreira profissional é uma delas; Mas você pode abandonar a leitura aqui, se quiser...

Bom... já que você começou a ler este parágrafo, significa que vai levar essa conversa até o fim. Agradeço a atenção.

Então. Quanto ao segundo item a questão é mais complexa. Os jovens têm mesmo grande dificuldade de lidar com o futuro. Mas lembre-se de que, quando criança você dificilmente pensava além do próximo fim de semana. Na adolescência o futuro era a próxima festa com os amigos; Agora, apesar da dificuldade de visualizar os seus 50 anos, você já consegue fazer planos para o final do semestre e até mesmo para depois da formatura. Ou seja: expandir os horizontes do seu planejamento pessoal é uma questão de amadurecimento. E você está amadurecendo.
Quanto mais maduro você estiver, maior será o seu horizonte de tempo no planejamento pessoal. Exercite-se! Lembre-se que muitos jovens desperdiçam a juventude exatamente por não ter noção de que ela NÃO É ETERNA.

A juventude é um recurso valioso, que você recebe sob a forma de saúde, força, resistência física, reflexos, plenitude dos sentidos e muita energia. Este recurso (a juventude) deve ser aproveitado pela pessoa para explorar o mundo, crescer, se divertir e desenvolver seus talentos.
Algumas pessoas fazem a opção de consumir a sua juventude apenas em festas, jogos e outras atividades que envolvam APENAS distração e diversão; Você, que acaba de entrar em uma faculdade de Arquitetura ou de Engenharia provavelmente não faz parte deste grupo pois, sabemos que o acesso a esse curso, via de regra, não é fácil e não está ao alcance de quem optou por (apenas) se divertir durante a adolescência.

Portanto, boa parte do caminho você mesmo já trilhou. Agora, se me permite, vou dar de graça alguns conselhos que eu considero importantes.

O primeiro conselho que eu dou a um estudante de Engenharia ou de Arquitetura é Estudar Muito. Como diz o colega Sebastião Lauro Nau, numa entrevista concedida para minha pesquisa (um trecho está publicado AQUI) "Por mais que digam que as suas notas não têm importância e o que importa é você se formar e ter o diploma, isso não é bem verdade. Você tem que ser um bom aluno. Tem que adquirir o conhecimento, porque é esse conhecimento adquirido na universidade que vai lhe dar condições de continuar a aprender. Vai lhe dar disposição para aprender. Deve ser um bom aluno, ou seja: tirar notas boas, sim. Não pensar que isso não é importante. As empresas valorizam quem tem um bom histórico escolar."

Acredite este é o momento na sua vida em que você terá a oportunidade e o acesso a informação e conhecimento num nível superior de profundidade e num volume como você não terá em outras oportunidades. Aproveite. Aprenda muito. Não se perca em divagações tolas do tipo "Que utilidade isto terá para o exercício da minha profissão?" Não cabe a você essa discussão e você, infelizmente, não está preparado para ter respostas satisfatórias. Então apenas estude. E estude muito! Não se limite a estudar apenas o suficiente. Estude muito. Os medíocres estudam o suficiente. Quem quer ser grande estuda muito.

O segundo conselho que eu dou contraria o senso comum: com certeza alguém já deve ter aconselhado você a trabalhar durante a faculdade, para adquirir o conhecimento prático (experiência). Eu digo, NÃO FAÇA ISTO! Faculdade não é lugar para se obter experiência e prática profissional. Isso você vai conseguir (facilmente) depois de formado. Experiência se obtém muito rapidamente quando se tem o domínio da teoria.

Durante a faculdade, preocupe-se (dê prioridade) ao conhecimento teórico. Aprenda a organizar idéias, equacionar problemas... Aprenda a pensar. Isso é o que importa! O mercado está cheio de fazedores. Gente que põe a mão na massa. Mas os valorizados são justamente aqueles que conseguem pensar melhor sobre o que estão fazendo.

Acostume-se com o seguinte: nem tudo o que se aprende na faculdade tem aplicação prática (e imediata). Isto NÃO DEVE ser encarado como um problema. Arquitetos e Engenheiros são profissionais cujo objeto de estudo é o futuro. São profissionais cujo produto (soluções de arquitetura e de engenharia) tem uma imensa componente intelectual (e, portanto, teórica). A base teórica de um engenheiro ou arquiteto precisa ser ampla e sólida. O período de faculdade é o período ideal para o desenvolvimento dessas habilidades. As habilidades práticas, tão endeusadas por tanta gente, constituem justamente a parte fácil. Não se preocupe com isso agora. Quando chegar a hora de "botar a mão na massa" você verá que a melhor prática ainda é aquela sustentada por uma boa teoria.

Vou repetir aqui pra não deixar dúvidas: experiência e prática são importantes para o exercício profissional. Mas os estágios curriculares e algumas atividades extra-curriculares são suficientes para que você saia da faculdade pronto para enfrentar o mercado. A verdadeira experiência e o domínio da prática profissional deve ser uma conquista pós-formatura.

Terceiro conselho: Comece a construir a sua rede de relacionamentos. Mas, preste atenção: rede de relacionamento não é rede de pescar. Não é teia de aranha. Não é rede de contatos pra se dar bem ou para ter pra quem pedir coisas, quando precisar. Nada disso!
Uma rede de relacionamentos é um conjunto de conexões consistentes que o indivíduo estabelece com pessoas com as quais ele interage, de forma ativa e generosa. Sim, eu disse GENEROSA! Você precisa se doar, ser útil, contribuir para o crescimento dos indivíduos que fazem parte da sua rede de relacionamentos.

Portanto, construir uma rede relacionamentos significa ser alguém para os outros. Significa registrar-se de forma positiva na mente dessas pessoas. Significa ser alguém em quem essas pessoas pensarão (de primeira) quando estiverem em busca de alguém que seja capaz de assumir uma responsabilidade, resolver um problema ou tocar um projeto qualquer.

Este período de faculdade (e também os primeiros anos depois de formado) é o tempo certo para construir uma sólida rede de relacionamentos, porque é o período em que você terá contato com o maior número de pessoas em toda a sua vida: seus colegas de sala de aula, seus colegas de outras turmas da faculdade, estudantes de outros cursos, professores, funcionários da escola, visitantes, parentes, empregados e patrões nas empresas onde você fizer estágios, participantes dos fóruns, seminários ou congressos dos quais você participe e mesmo a turma das festas e das atividades esportivas... é muita gente!

Capitalizar esses contatos é uma questão de estratégia e inteligência. O objetivo é simples: ser interessante (ou seja: fazer com que as pessoas se interessem por você e pelos seus objetivos). A estratégia sugerida é ser útil. Ninguém se torna interessante se não serve pra nada!.

Seja útil. Seja disponível. Ajude as pessoas. Divida conhecimentos. Seja generoso. Não espere recompensas imediatas. O retorno do investimento na Rede de Relacionamento não é pontual. Não se trata de um "toma-lá-dá-cá". Investir numa Rede de Relacionamento é construir um universo que conspirará a seu favor, no futuro!

Tenho mais conselhos, mas vou parar aqui (por enquanto). Nem sei ainda como esses primeiros serão recebidos...

Além do mais, sei que já estou abusando do quesito "tamanho do texto".





PADILHA, Ênio. 2011




Em 10/08/2016 o website ArchDaily Brasil publicou um post com os Conselhos do ArchDaily Brasil a calouros de arquitetura. Recomendo a leitura. Concordo completamente com todos eles.





Leia também: DISCURSO AOS ENGENHEIROS RECÉM-FORMADOS


Leia também: SEGUNDA CARTA A UM ENGENHEIRO RECÉM-FORMADO (Capitalizar Virtudes e Defeitos)




Comentário #1 — 27/07/2011 10:38

Ricardo Meira — arquiteto — Brasília

posso reproduzir no blog?

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Amigo. Ter um artigo meu reproduzido no Blog Arquiteto Daltônico é sempre uma honra!
Fique à vontade.

Comentário #2 — 28/07/2011 15:41

Marcelo Macruz Garcia — Estudante de Eng. Sanitária e Ambiental — Florianópolis

Excelentes conselhos! Não sinto não tê-los recebido no início da faculdade (agora estou na metade do curso) pois, felizmente, apreendi esses conhecimentos de outras maneiras. Ainda assim repassei para meus contatos que podem tirar proveito.
O único ponto que eu questionaria, acho que até como já esperado, seria o de não fazer estágios durante a faculdade, pois muitos alunos não conseguem perceber a importância de estudar e aprender, ou seja, "armazenar o conhecimento no HD e nao na memória RAM" o que está estudando sem se dar conta de onde ou de que maneira aquilo poderá ser utilizado futuramente. Creio que o link feito entre a teoria que se está estudando e as possibilidades de aplicação desta, mesmo que seja como base para construção de conhecimentos mais elaborados e práticos, cria condição para que o conhecimento seja absorvido com mais facilidade. E esse link, que poderia ser feito nas universidades, muitas vezes não acontece. Não digo que o estágio seja a única maneira de fazê-lo, mas com certeza é uma ferramenta muito eficaz nesse sentido, certo?!

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Prezado Marcelo
Fico feliz que você tenha gostado dos conselhos. Melhor ainda pois você já os coloca em prática há mais tempo.

Quanto à questão que você coloca, observe que eu não me oponho aos estágios (de maneira nenhuma). E eles têm mesmo essa função de permitir o link entre o conhecimento teórico e a prática.
Estágios são importantíssimos, especialmente se você tiver a sorte de estagiar em empresas que tenham bons programas, nos quais o estagiário realmente se desenvolve de forma expressiva

O que eu desaconselho é trabalhar durante a faculdade. Assumir responsabilidades profissionais consome energia e tempo que são preciosos. E que deveriam estar sendo investidos no estudo. Essa deve ser a prioridade de quem está na faculdade.
Além do mais, a experiência e o domínio da prática que um estudante obtém trabalhando durante a faculdade serão facilmente (em poucos meses) superados por um profissional bem formado, logo depois da formatura. Porque, como eu disse no texto, "Experiência se obtém muito rapidamente quando se tem uma boa teoria."

Comentário #3 — 02/08/2011 23:07

mariana silva barreto — Estudante de Engenharia Elétrica da UFBA — Salvador

Parabéns Pelo Texto!!!
Posso usá-lo para divulgar sua palestra na UFBA em Setembro?? Faço parte do grupo que está organizando.

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Claro, Mariana
Pode utilizar.
À propósito, para quem não sabe, dia 15/09/2011 - quinta-feira estarei apresentando a palestra EXERCÍCIO PROFISSIONAL E SUSTENTABILIDADE DAS PROFISSÕES (uma abordagem mercadológica) na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.
A participação é aberta para Estudantes, professores e profissionais da comunidade

Comentário #4 — 15/08/2011 05:08

Frederiko k.r morimoto — Estudante de Engenharia civil do UNIFEB, bareretos-sp — BARRETOS

Muito bom o texto!
parabens!!!

Sou do 1 ano de engenharia..sera que poderia reproduzir seu texto para colegas de turma da faculdade?

Parabens!! de novo mto bom!!!


RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Pode, sim, Frederiko
Só não esquece de indicar a fonte: www.eniopadilha.com.br

Comentário #5 — 25/08/2011 08:38

Sheila Pereira Cyrne — arquiteta — Juiz de Fora

Enio, parabéns pelo seu texto. Concordo plenamente com tudo que vc falou. Inclusive com a parte que vc fala da rede de relacionamentos. Se eu tivesse ouvido esses conselhos qdo estava na faculdade...acho que estaria bem mais adiante em minha carreira. Com certeza! Sou arquiteta e me formei à 18 anos.
Posso divulgar seu texto no site da Casa Pró? É um site de relacionamentos de engenheiros e arquitetos comandado pelo pessoal da revista Casa Cláudia e Arquitetura e Construção. Conhece? Vou colocar num grupo que criei dentro do site "arquitetos de Juiz de Fora".
O link do Casa Pró é: pro.casa.abril.com.br
Atenc.
Sheila Cyrne

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Oi, Sheila
Claro que pode. Já conheço o Casa Pró e acho um site super bacana. Será uma honra ter o meu texto circulando por lá.

Só não esquece de indicar a fonte: www.eniopadilha.com.br





Comentário #6 — 08/09/2011 07:45

Jhu Nayane — Estudante de Arquitetura — Brasília

Bom dia, Enio.
Gostei muito do seu artigo, principalmente, por eu estar no inicio da faculdade (2º semestre), me fez expandir o meu modo de pensar. E a respeito da rede de relacionamentos, criei um blog sobre Arquitetura com novidades e dicas sobre a área. Ainda está no começo, mas acho que é uma boa forma de me infiltrar nessa área de uma vez por todas.

Um abraço.

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Prezada Jhu Nayane

Informe o endereço do seu Blog, para que os nossos leitores possam fazer uma visita.
Abraços

Comentário #7 — 16/09/2011 16:36

wesley — estudate e futuro arquiteto — Betim

Sabias palavras, Enio,grande é a sua sabedoria,experiencia e conhecimento; concerteza serão de grande importancia para todos os jovens eternos aprendizes.

Comentário #8 — 17/11/2011 21:58

Joelmir — Tecnólogo e Estudante de Engenharia Civil — Pato Branco

Prezado Ênio
Concordo com tudo o que você falou, e deveria ter ouvido conselhos assim a 2 anos atraz,vou relatar um pouco de minha trajetória como estudante: Sou formado em um curso de tecnologia em construção civil, comecei a trabalhar na metade do curso por necessidade, no ultimo periodo passei no vestibular para engenharia e ai você pode imaginar: acabando um curso, começando outro e trabalhando - resultado: reprovações e mais reprovações, enfim, consegui acabar o curso de tecnologia, mas como eu precisava do trabalho continuei trabalhando e fazendo Engenharia por mais um ano e meio, até que, na metade deste ano não consegui mais, estou levando como posso com a ajuda de meus pais e irmão e estou só estudando agora, tenho medo que isso tenha comprometido meu curriculo, pois foram muitas reprovações, notas baixas, o lado bom é que adquiri uma excelente experiência, tenho uma boa rede de relacionamentos, desde Engenheiros, Arquitetos, empresarios do setor e colegas que estão em empresas conceituadas, porém, se eu tivesse ouvido esses conselhos acho que estaria mais adiantado no curso e com um "histórico escolar" melhor, kkkk.
Abraço, espero que seus conselhos e um pouco do que relatei sobre mim possam ajudar futuros ingressantes de Engenharia.

Comentário #9 — 23/11/2011 13:39

APARECIDO IGNACIO DO AMARAL JUNIOR — contador — Monte Aprazível - SP

Pesquisando uma matéria, não resisti de ler seu texto por completo, ótimo, de cara com a realidade de alunos, meu filho faz engenharia civil na UNIFEB (Barretos-SP), podes me dar sua opinião sobre este curso na UNIFEB? desde o começo tenho informações que este curso na UNIFEB é a mais conceituada no interior Paulista, não menosprezando as outras, mas é que ele quer vir para SJ do Rio Preto-SP, e não estou achando uma boa idéia, se puderes me ajudar neste situação, fico-lhe muito grato. parabéns e um grande abraço.

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Prezado Senhor Aparecido

Não tenho informações sólidas sobre a Unifeb, mas tenho ouvido elogios a instituição, vindo de colegas dessa região de Barretos. Eu mesmo já tive o prazer de fazer uma palestra lá, em 2002 e, confesso, fiquei positivamente impressionado.

Mas o importante (e o seu filho deve observar isso) é que a escolha da faculdade não pode ser feita por questões que não tenham a ver com a carreira que se pretende construir.
Em outras palavras, não se pode escolher a faculdade porque "é mais perto da minha casa" ou porque "é mais fácil de entrar" ou porque "é mais fácil de sair" ou ainda porque "é lá que estão os meus amigos".

Tem de escolher a faculdade que melhor atende a minha necessidade de FORMAÇÃO PROFISSIONAL.

Se a decisão dele de vir para S.J.Rio Preto se deve a uma formação melhor ou mais adequada aos interesses profissionais dele... tudo bem.

Comentário #10 — 24/11/2011 19:21

Josiel de Andrade — Desenhista projetista — São Paulo

Ola Ênio, boa tarde.

A cada texto escrito por vc me faz pensar melhor como anda a minha formação, estou concluindo o curso na área de engenharia mecatrônica e as vezes tenho medo de como serar no futuro, mais com as dicas apresentadas por vc estou tentando me reorganizar, parabens por belas palavras, um grande abraço.

Josiel de Andrade.

Comentário #11 — 29/11/2011 19:09

felipe de oliveira cruz — engenharia civil — Bauru

ola Ênio,boa tarde .
neste ano de 2012 estarei dando inicio ao curso de engenharia civil e agradeço pelos conselhos são muito bons, já venho ao um tempo pensando na questão de como Começar a construir a minha rede de relacionamentos pois agora não tenho duvida se você tiver dicas de como planejar marketing pessoal eu agradeço.. obrigado

Comentário #12 — 06/01/2012 15:12

Franky Araújo — Engenheiro de Produção (só esperando o diploma) — Belém-PA

Ênio, acabei de ler este texto (Carta para Calouro de Engenharia) e também a Carta para Engenheiro Recém-Formado. Os dois textos são excelentes e dão um choque nas idéias que a gente tinha na cabeça, principalmente a respeito de ter notas boas, o quanto estudar e sobre trabalhar durante a faculdade.

DIGA UMA COISA: vc já esteve em Belém? Quando pretende dar palestras por aqui?

Comentário #13 — 09/01/2012 22:44

Wilson Cavalcante Guedes — vendedor — Guarulhos

Parabéns pelos ótimos conselhos,sou estudante de eng. civil tenho 38 anos e esta questão do amadurecimento faz toda diferença para uma visualização melhor do futuro,apesar da idade tenho me saído muito bem no curso,estudar muito tem me ajudado até ensinar outros,é muito verdade que quando se doa e se é útil no servir o relacionamento com as pessoas se torna muito mais significativo.Tenho um filho de 19 anos que também está cursando eng. civil,realmente o vigor e maior e creio que até as oportunidades,porém como pai tenho "pego no pé" constantemente em relação a dedicação aos estudos,parece que nessa idade os valores são outros.Mas pelos conselhos estamos no caminho certo.

Muito obrigado por repartir.

Comentário #14 — 05/04/2012 16:29

Luana Grazielle — estudante de engenharia civil, UESPI — Teresina

Ótimo texto!Estou no primeiro semestre de engenharia civil e seus conselhos são muito úteis para quem está começando.Concordo quando o senhor fala a respeito das boas notas e das redes de relacionamentos que devemos ter no decorrer do curso,acredito que esses dois fatores são muito importantes para ser um bom profissional.Gostaria de saber se o senhor tem planos de passar pelo Piauí,para palestrar.Ficaria bastante feliz em recebe-lo aqui,acho que não só eu como também todos os estudantes de engenharia e arquitetura do estado!

Um grande abraço!

Ah!E quanto ao quesito ''tamanho do texto'' não se preocupe,quando se trata de um texto de qualidade,o tamanho é o que menos importa!

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Oi, Luana
Já estive em Teresina, duas vezes. Em 2001 e em 2002. Apresentei dois cursos no Crea-PI. Adorei a cidade, a comida de vocês, tudo.

Eu teria, claro, imenso prazer em retornar a sentir o calor humano de Teresina (e um bom ar condicionado no hotel e no auditório, né?).
Você pode conversar com seus colegas e, juntos, sugerir ao Crea-PI que providencie o meu retorno. Todos ganharíamos com isso.
Abração

Comentário #15 — 24/07/2012 15:12

Francisco Jose — Estudante Eng. Civil — Cubatão - SP

Excelente artigo seu Ênio! Recentemente num seminário em São Paulo no Instituto de Engenharia, os engenheiros/empresários mencionaram a problemática dos universitários que trabalham, muitas vezes em serviços que nada ter a ver com os estudos, perdendo tempo precioso no embasamento teórico. Um detalhe é que muitos estudantes não tem como pagar a faculdade e a unica maneira de custear esse investimento é trabalhando, mesmo em serviços que não acrescentam quase nada à sua formação. É até besteira mencionar esse detalhe, quem não sabe disso? Alem do mais existem o FIES, o PROUNI, as faculdades públicas, algumas instituições têm até programas de financiamento próprios, ou seja, hoje está relativamente fácil ingressar no ensino superior, público ou particular. Mas, mesmo com o estudo gratuito ou financiado, ainda existem despesas com alimentação, aluguel, transporte... Muitos trabalham para pagar isso (é o meu caso) e a estratégia que tenho é o trabalho de meio período, um horário flexível, trabalhar em algo que contribua para minha formação, (vou trabalhar como desenhista técnico em breve) talvez eu não tenha flexibilidade de horário mas pelo menos vou trabalhar com o que gosto e que vai contribuir para o meu desenvolvimento profissional. Aí quando eu começar a estagiar é outra história.
Vou indicar seu site para os colegas de turma.

Parabéns seu Ênio

Comentário #16 — 10/08/2012 07:13

Jéssica Albizu — Estudante — São Carlos

Ênio,
Gostei muito desse, posso reproduzir seu texto em nossos manuais do calouro da EESC-USP?

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Pode, sim, Jéssica
Apenas dá uma olhada antes aqui, nas nossas REGRAS PARA PUBLICAÇÃO

Comentário #17 — 10/10/2012 17:46

Alexandre galdino — Analista de Comércio Exterior — Belo Horizonte

Ênio, boa tarde..
Sou formado em Comércio Exterior em 1998, porém esta carreira nunca me trouxe felicidade pessoal e financeira. Durante alguns anos enfrentei problemas particulares e também a frustração de ter feito um curso superior ao qual não tinha a exata noção do que era no momento (época do início da Globalização). Ano passado finalmente tive condições para retornar aos estudos, já aos 44 anos de idade. No início fiquei receoso, justamente por causa da idade, mas fui em frente. Agora estou no 2º período do curso de Engenharia de Agrimensura em Belo Horizonte. Um ano foi o suficiente para notar que o que anseio realmente é o curso de Engenharia Civil. Já solicitei inclusive transferência de faculdade e obtenção de novo título para outra faculdade de Eng. civil.
Algumas coisas eu gostaria de comentar, pois as comparações deverão ser feitas: 1ª: respeitar meu ritmo, pois afinal de contas não tenho mais 24 anos e sim 44 anos;
2º: o tempo não será meu inimigo, pelo contrário, vou respeitar os meus limites, e mesmo optando por fazer menos matérias por semestre por causa do meu trabalho e problemas de coluna (onde preciso praticar sempre atividades físicas), sei que vou demorar mais a formar. Mas com qualidade de vida e maturidade. Prevejo formar com quase 50 anos.
Como dizem: conhecimento demais nunca é de menos.

Comentário #18 — 25/11/2012 20:33

Leomar Schultz — Assessor Industrial — São José do Rio Preo

Prezado Sr. Enio Padilha
Meu nome é Leomar Schultz, tenho 57 anos e muita saúde e disposição para recomeçar e também para continuar minha vida profissional.
Digo isto por que: Sou Gerente de produção de uma Empresa do ramo moveleiro, de porte médio, aposentado há dois anos e ainda trabalhando no mesmo local.
Em 2010 fiz o curso de AutoCad e, com ele desenvolvi alguns sistemas de móveis modulados que foi um sucesso em aceitação. Implantei também novas maneiras de se executar protótipos, em 24 horas, o que antes levava até uma semana.
Com isso, me apaixonei pelos projetos, de tudo que fosse necessário raciocinar para implantar melhorias e inovações. Projetei até uma máquina pneumática e executamos também, dentro a própria empresa. Essa máquina abreviou o tempo de operação para 10% do sistema manual, e com qualidade.
Nos dias de folga e finais de semana, gosto de pedalar em trilhas de terra, até 50 Km numa única jornada, ou seja, apesar dos meus 57 anos, sou muito ativo e com muita disposição.
Neste momento, estou me sentindo pouco ativo, em matéria de estudos, por isto resolvi enviar esta mensagem em busca de uma informação: meu sonho é a Engenharia Civil.
Tenho um amigo que é Engenheiro e coordenador do curso de Engenharia Civil da Faculdade da minha cidade. Estou interessado em ingressar no curso de Engenharia Civil.
O que o Sr. Diria disso?
Obrigado

Comentário #19 — 31/07/2013 14:31

Rebeca Maia — estudante de arquitetura e urbanismo — Fortaleza- CE

Oi, como já deve saber meu nome é Rebeca. Amanhã começam minhas aulas na faculdade e eu tava um pouco nervosa, então resolvi pesquisar sobre minha futura profissão e encontrei sua carta. Bom, obrigada. Obrigada pelas dicas, li TODO (kkk) o seu texto e adorei. Continue escrevendo por favor, eu irei continuar lendo! kk valeu!

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Oi Rebeca.
Fico feliz por você. Espero que você faça uma boa faculdade. Que os próximos cinco anos sejam inesquecíveis.
Uma dica: seja respeitosa e obediente com seus veteranos. Eles estão onde você estará daqui a um ano.
Quem trata bem seus veteranos tem uma fonte inesgotável de ajuda e proteção para toda a faculdade.
Além do mais, eles se fazem de maus no início mas é só pra se divertir com a ingenuidade dos calouros. Você ainda vai rir muito disso tudo


Comentário #20 — 19/09/2013 17:16

Magno Rocha — Estudante Universitário — Fortaleza

Texto riquíssimo para estudantes universitários, com ótimos conselhos. Sou um privilegiado em ter lido este texto. Obrigado, Enio Padilha, continue fazendo trabalhos como esse, nós ficaremos agradecido. Parabéns!!! Estrai muitas coisas boas do texto que aplicarei em minha vida.

Comentário #21 — 15/11/2013 09:14

Ligia Fascioni — Engenheira Eletricista — Berlim, Alemanha

Querido Ênio,

mais uma vez, um texto antológico! Você conseguiu reunir as informações mais importantes para que um calouro possa focar no que de fato vai fazer diferença depois.

Eu só faria um reparo (metida! Rsrsrs). Quando você enfatiza que não é bom trabalhar durante o curso, concordo se de fato o trabalho for de responsabilidade. Mas podemos considerar estágios (inclusive os não-curriculares) como trabalho e esses eu considero essenciais na formação profissional. Para mim, estudantes que se formam com um currículo recheado de estágios demonstra proatividade e capacidade de administar o tempo, além de visão de mercado.

Posso dizer que só consegui meu primeiro emprego porque já tinha uma relativa experiência profissional decorrente dos meus 4 anos de estágio em áreas diversas que acumulei antes da formatura.

Penso que a questão trabalhar-estudar, pode ser discutida. Mas estágio, na minha opinião, é fundamental. E quanto mais, melhor.

Um grande e apertado abraço!

de sua fã :)

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Lígia, querida.
Obrigado pelo "antológico".

Claro que eu concordo com você. Tá lá, no texto, logo depois daquela parte em azul. Acredito que os estágios são fundamentais. E dão ao estudante exatamente aquela dose de experiência prática necessária para INÍCIO da carreira como profissional.`

E você não é metida, não. É sempre bem-vinda.
Além do mais: como discordar de uma pessoa que escreveu o livro ATITUDE PROFISSIONAL - Dicas para quem está começando., simplesmente um clássico sobre o tema.

É uma honra ter os seus comentários aqui. Beijo.

Comentário #22 — 01/03/2014 09:01

Olga — dekassegui — Japao

Sr. Enio Padilha, agradeco mto pela bela carta a um calouro de arquitetura ou engenharia. Copiei e mandei de presente para o meu sobrinho que acabou de ingressar na POLI-USP . Eh um texto com conselhos e visao bem objetiva pra aqueles que querem crescer no seu ramo, e no caso do meu sobrinho pra que possa se centrar nas coisas mais importante, ja que ta com mta empolgacao.
Muito obrigada mesmo.
Um grande abraco , muito sucesso e felicidade.
Olga

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Oi, Olga
Sempre fico muito feliz com comentários como o seu. Quando um pai, uma mãe uma tia ou alguém da família diz que o meu conselho para o parente dele é um conselho válido e que ajuda na sua formação eu sinto que o meu trabalho tem, de fato, alguma utilidade.
Boa sorte para o seu sobrinho na Poli-USP.


Comentário #23 — 01/08/2014 12:56

Fabiano — Engenheiro Civil — Nueva Esperanza - PY

Excelente texto Prof. Ênio, parabéns pelo site e matérias.
Gosto muito da página e sempre que possível leio seus artigos.

Obrigado

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

Obrigado, Fabiano.
Nossa equipe fica feliz que você esteja gostando do nosso trabalho.

Comentário #24 — 03/11/2014 12:09

Karine Ramos — Futura Estudante de Arquitetura — Belo Horizonte

Maravilhoso seu texto e seus concelhos. Vou começar estudar Arquitetura e suas palavras vão me ajudar bastante, durante minha futura carreira. Estou super ansiosa para aprender mais sobre esse curso ótimo, e seguir seus conselhos , é claro .

Comentário #25 — 19/11/2014 15:22

melina santos — Engenheira de Produção — Porto Alegre

Excelente texto Professor!
Gostaria de ter lido o mesmo no início ou durante a graduação.
De qualquer maneira, a reflexão é sempre válida.

Um abraço

Comentário #26 — 10/11/2015 14:20

CARLOS EDUARDO BELEM — Graduando Engenharia Agronomica — Barra-BA

Caro Professor Ênio Padilha, Receba minha admiração. Analisei com atenção sua posição sobre o tema a qual denominei: CURSAR ENGENHARIA EM UNIVERSIDADE FEDERAL X TRABALHAR ENQUANTO. Peço sua ajuda. Tenho 31 anos, sou casado, sou Servidor Público Municipal e minha esposa Servidora Pública Estadual. Recentemente comecei a cursar o curso de meus sonhos ( Agronomia) em Universidade Federal. Daí vem ás dúvidas que todos na minha situação tem, Em idade avançada, se comparado à idade dos estudantes para os quais costuma-se postar sugestões sobre o tema,vale a pena, em minha idade e situação, sacrificar meu trabalho concluir o curso? Obrigado!

DEIXE AQUI O SEU COMENTÁRIO

(todos os campos abaixo são obrigatórios

Nome:
E-mail:
Profissão:
Cidade-UF:
Comentário:
Chave: -- Digite o número 1709 na caixa ao lado.

www.eniopadilha.com.br - website do engenheiro e professor Ênio Padilha - versão 7.00 [2020]

powered by OitoNoveTrês Produções

29/03/2024 02:10:32     6192593

31