POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM ? Este artigo foi publicado em 14/FEV/2002. É um dos meus artigos mais lidos e replicados, tanto na internet como em jornais e revistas (papel). É também, de longe, o artigo mais comentado, tendo recebido muitos elogios e também muitas críticas. xxxFONTExxx POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM? PADILHA, Ênio. 2002 Clique aqui e leia o comentário do professor Weber Figueiredo (Este artigo foi incluído no livro VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL - Artigos e ensaios sobre a Valorização Profissional de Engenheiros e Arquitetos (lançado em 2011) onde este tema é melhor explorado e outras questões relativas ao tema são tratadas com maior profundidade) |
Comentário #1 — 06/09/2006 13:08 Egydio Hervé Neto — Engenheiro Civil — Porto Alegre |
Caro Ênio: Já havia lido, tempos atrás, este seu artigo. Outro dia conversava com um colega e relembrávamos aquelas aulas de Física, à noite, no inverno rigoros dos gaúchos, no imenso auditório da UFRGS. "Uma carga pontual encontra-se em um campo magnético...". Coisa incrível! Havíamos estudado no Científico aquele livrão de Física (não lembro a autoria) e depois, no primeiro esegundo ano de Engenharia tínhamos que estudar nos dois livrões (Física I e II) do Hollydai-Resnicks (lembro do nome, não como se escreve, são 40 anos de memória!). Daí pode-se imaginar muitodo massacre de que falas em teu artigo. Não havia nada que nos fizesse sentir melhores. Mesmo com notas máximas em algumas provas, ficáva-nos a sensação de "sorte", não de conhecimento... Era a famosa "lavagem cerebral" de que os Engenheiros tanto se queixam: "estudei horrores de coisas que nunca apliquei!" dizem os mais experientes. De fato. Aquilo serve para nos "abrir a mente a machadadas!". |
Comentário #2 — 21/09/2006 13:46 Helton Moraes — Médico do Trabalho — Porto Alegre |
Achei bastante interessante este texto, contendo vários pontos sobre os quais é válido refletir, e também tenho vários pontos dos quais me sinto inclinado a discordar. |
Comentário #3 — 21/09/2006 16:16 Ênio Padilha — Engenheiro Eletricista — Balneário Camboriú |
Prezado Helton |
Comentário #4 — 25/09/2006 13:01 Helton Moraes — Médico do Trabalho — Porto Alegre |
Caro Ênio |
Comentário #5 — 05/05/2007 14:24 Marcus Vinícius — Engenheiro Eletricista — Goiânia |
Caro Ênio Padilha, |
Comentário #6 — 08/07/2007 20:25 Flavio Kodama — Engenheiro Computacional — Sao Paulo / Campinas |
Artigo e comentarios excelentes. |
Comentário #7 — 09/07/2007 11:49 Pai de um estudante de Engenharia — Desembargador — São Paulo |
... |
Comentário #8 — 09/07/2007 13:59 Josadarck Tomaz Coutinho — Estudante de Engenharia Computacional — Campinas |
Essa preocupação prévia de quem está se formando é mais típica para aquele que está com a cabeça vazia, do que propriamente aquele que se encontra mergulhado nos estudos e preocupado em apreender cada vez mais. Jalecos e o título precoce de doutor não assinam diplomas nem qualificam ninguém a nada. Fosse assim, imagine a personalidade do milico, que entra na academia é, como cadete, é tratado como "bicho", depois, com o passar dos anos, sempre vendo pela frente alguém com uma "patente" superior. Forma-se como aspirante, mas tem o tenente; é promovido a tenente, mas tem o capitão; chega a capitão, tem o major; já major, bate continência para o tenente-coronel e assim por diante. |
Comentário #9 — 11/09/2007 14:14 Lia Mara Fischer Pereira Knebel — Engenheira de Segurança do Trabalho — Florianópolis |
O que vimos é que o Construtivismo da Pedagogia Moderna passou longe das escolas de engenharia.Fomos bravos guerreiros capazes de entender cálculos diferencias e integrais, mecânica dos fluidos, equações diferenciais...e, de tão ocupados em conseguir resolver provas difíceis, fomos nos fragmentando. Perdemos até a noção do "nosso todo" pessoal, já que nos dividíamos em cronogramas de estudos. Nosso raciocínio lógico foi usado para questões pontuais em sua capacidade máxima, mas ficamos com muitas dificuldades em integrar os conhecimentos. Houve uma falha pedagógica. Depois buscamos compensá-la com cursos de Gestão Empresarial, de Negociação, de Gestão de Pessoas, de Oratória...(que bom que eles existem!) |
Comentário #10 — 17/06/2008 16:54 Nayara Teixeira Rocha — Estudande de engenharia civil! — Chapecó! |
hj voltei a ler...e como sempre chorei muito!!! |
Comentário #11 — 17/06/2008 16:58 Nayara Teixeira Rocha — Estudande de engenharia civil! — Chapecó! |
"...que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância,pq metade de mim é lembrança do que FUI, a outra metade eu não sei...que a ARTE(nossa arte de engenhar)nos aponte uma resposta,mesmo que ela não saiba,e que ninguém tente complicar pq é preciso SIMPLICIDADE para fazê-la florecer...."Enfim que minha loucura seja perdoada pq metade de mim é amor e a outra TBM!!! |
Comentário #12 — 28/08/2008 14:26 Mauricio Souza Fishe — engenheiro químico — Natal/RN |
O artigo é muito realístico. Sou engenheiro químico formado pela UFRJ há pouco mais de uma década. Vi colegas que eram "zero um" do ITA ficarem 7 anos ralando para conseguir se formar na "Escola de Química" da UFRJ. Eram "gênios" e se tornaram alunos "fracos". Na prática a sequela na auto-estima foi feita, mas por outro lado estávamos nivelados por cima!!! Sou muito critico e afirmo com todas as letras: não aprendi a ser um bom engenheiro na faculdade, mas aprendi a ser um excepcional "fazedor de provas". Menos de 10% dos meus colegas de turma trabalham com engenharia. Porém graças a "ralação" hoje há colegas auditores fiscais da receita, oficial do quadro complementar da marinha, peritos da Policia Federal, engenheiros da Petrobras ( a salvação de muitos!!!rsrsrs), Analista do banco central, policia rodoviario federal, enfim, falou em passar em concurso? Todo mundo passou em algum!!! rsrs De toda forma, o ensino de engenharia deve ser revisto !!! Parabéns pelo excelente artigo. |
Comentário #13 — 05/10/2008 17:47 Liliane — estudante de arquitetura — Palmas |
Sou estudante de arquitetura e urbanismo e sinto também que há um grande desrespeito pelo aluno. No nosso curso nao temos tantos cálculos, por isso o massacre da auto estima acontece nas aulas de projeto. Voce chega com o projeto em sala para ser orientado pelo professor, ele ve que está bom e pede pra vc mudar tudo por causa de um mínimo detalhe que nao compromete o projeto como um todo. Entao vc quebra a cabeça passa madrugadas tentando fazer o que ele pediu sem perder a graça do projeto, quando chega na sala de aula e mostra, eles acabam com seu trabalham te chamam até de preguiçoso. |
Comentário #14 — 10/10/2008 20:24 Rodnei Medeiros — Designer — São Paulo |
Na minha opinião, o caráter de cada indíviduo tem características que são imutáveis, e outras, que aperfeiçoamos, ao lidarmos com exemplos de virtudes, em casa, na escola, na universidade, no trabalho. |
Comentário #15 — 16/03/2009 22:32 felipe alencar — eng.eletrica — belém |
aí sensacional esse texto..estou no 1° ano do curso de eng..eletrica na ufpa..antes de entrar no curso varias pessoas perguntaram pra mim no vest.."q curso vai fazer"respondia eng.eletrica,eles repentinamente falavam"aí tu és doido"...cara tds tem a imagem de q eng. é doido.relaxado..por justamente não haver um modo de vestimenta...me falaram antes de entrar no curso q é impossivel sair da faculdade de eletrica sem repetir nenhuma materia...q os professores são ruins.estou entrando no curso extremamente consciente do q vou enfrentar,porém muito intusiasmado... |
Comentário #16 — 25/03/2009 01:16 Carlos Andrade Neto — Estudante de Eng. Elétrica-UFV — Viçosa-MG |
De fato os cursos de engenharia são bastante puxados, porém ainda não havia parado pra pensar nessa questão da influência psicológica no estudante de engenharia. |
Comentário #17 — 26/03/2009 19:34 Alberto Lima — Engenheiro Eletricista — Belém-Pa |
Perfeito, o seu texto! |
Comentário #18 — 26/03/2009 20:58 Luiz Felipe — Estudante de Engenharia Elétrica — Vitória |
Concordo com alguns pontos abordados mas, em relação a maioria, estão desatualizados. Hoje já existe um elo maior entre as escolas de engenharia e a industria o que contribui para a praticabilidade do ensino, sem falar dos PETS e da iniciação cientifica e algumas de suas afirmações são relativas, dependem de varios fatores como a propria universidade, do local em que se esta cursando engenharia e do interesse do proprio estudante. |
Comentário #19 — 26/03/2009 21:01 Ênio Padilha — Engenheiro — Balneário Camboriú |
Certíssimo, Luiz Felipe. |
Comentário #20 — 28/03/2009 12:14 Érika — Estudante — Vitória da Conquista |
Caro Ênio, não sou a pessoa mais indicada para discorrer sobre o assunto, porém ao ler o teu texto sentir que as suas generalizações comovem uma grande parte da parcelas de estudantes que sonham em ser estudantes de engenharia... Concordo que os estudante de medicina, direito, e odontologia são vistos perante a sociedade com outros olhos. Porém o teu texto arranca um sonho de muitos alunos que sonham em ser engenheiro de uma maneira muito ardua. Conheço engenheiros muito bem sucessidos e que amam o que faz. |
RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA |
Prezada Érika |
Comentário #21 — 29/03/2009 21:41 Evandro — Estudante - Técnico Integrado em Eletrônica/UTFPR — Curitiba |
Concordo totalmente com o texto. |
Comentário #22 — 31/03/2009 22:49 Érika — Estudante — Vitória da Conquista |
Muito obrigada pela atenção dada ao meu comentário... Eu estive pensando no tema proposto por você por vários dias, inclusive a preocupação me permeou em todos os pensamentos, pois existem uma pessoa muito próxima a mim que passou em engenharia na UFS este ano, e ao ler o teu texto obteve um desanimo enorme, pensando até em fazer outros vestibulares no fim deste ano... Por isso que por ele decidir lhe escrever. Mas como você mesmo referiu,o curso de engenharia apesar de necessitar de modificações, integra uma boa parte de alunos que por mais que saibam do descaso que tem no curso, continuam dando o melhor de si, e se esforçando para se tornar um profissional renomado. Quem sabe então, a solução venha dai, o mundo precisa de pessoas que lutam pelo que quer, e não de pessoas que desviam o caminho tão sonhado por não quererem enfrentar os obstáculos encontrados a sua frente. Espero que com os seus argumentos, a conscientização das pessoas ocorra, para que milhares de sonhos vão por água a baixo. Obrigado pela atenção. Abraços |
Comentário #23 — 31/03/2009 22:57 Érika — Estudante — Vitória da Conquista |
CORREÇÃO: Espero que com os seus argumentos, a conscientização das pessoas ocorra, para que milhares de sonhos NÃO vão por água a baixo. |
Comentário #24 — 08/04/2009 13:51 Leonardo — Estudante Eng. Elétrica — Aracaju/SE |
Caro Ênio, |
Comentário #25 — 02/08/2009 11:57 Luciana Duarte — Arquiteta — Palmas |
Dr. Ênio, |
Comentário #26 — 08/08/2009 11:16 Valdinei Batista — Engenheiro Civil — GOIANIA |
Enio, gosto muito de seus artigos, eles me ajudam muito ao lidar com pessoas e com situações complicadas encontradas todos os dias nas obras. Por mais seguras e capazes que as pessoas são, um texto bem escrito com palavras sábias sempre será bem vindo para provocar a reflexão. Obrigado e continue escrevendo esses textos com suas palavras sábias. |
Comentário #27 — 13/08/2009 18:51 felipe — eletrica — Bochum - Alemanha |
Esse artigo tem muito valor, estou na alemanha e sinto isso. So vemos teoria. Sem contar a baixa auto-estima (assim q escreve? facam um desconto ai, tem quase 3 anos que estou fora do brasil :) ) |
RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA |
Tá feito o desconto, Felipe. |
Comentário #28 — 29/10/2009 01:30 André — Estudante - Eng. Elétrica — São Paulo |
Caro Ênio, Comentário de Ênio Padilha |
Comentário #29 — 06/11/2009 22:16 Ronilza Santos — engenheira de Produção — montes claros -mg |
Caro Ênio... Comentário de Ênio Padilha |
Comentário #30 — 10/11/2009 16:36 Ronilza Santos — engenheira de Produção — Montes Claros - MG |
caro Enio... Comentário de Ênio Padilha |
Comentário #31 — 05/02/2010 19:39 Doidão — Engenheiro — Ilha Solteira |
Pois é, esse texto é perfeito, saimos da faculdade e ai...fudeu, o que vou fazer, esta tudo nas minhas mãos, os professores...sumiram, nem dicas de emprego, nem dicas de estudo, nem dicas de como bater uma punheta....te vira malandro, vai cassar quem ti quer, ser engenheiro é loucura ...e ainda há matérias que precisamos de um pscólogo do lado do professor pra nos sentirmos apenas deseperados, e as coisas que eles falam, nimguém entende nada...é mano, trampar até as 10 da noite de segunda a sabado !!!! e nem podemos furar o zói no custo do serviço como os dentistas ou mentir como um advogado...prepare as costas que vão descer o chicote, mais quando calejar fica tudo mais sussa !!! Comentário do Ênio Padilha |
Comentário #32 — 09/02/2010 15:03 Roberto Feriotti Neto — Estudante de engenharia mecânica — São Paulo |
Sou estudante do 6° e último ano de engenharia mecânica automobilística em uma das melhores faculdades do Brasil no segmento (FEI - São Bernardo do Campo) ..... E digo que este seu texto, apesar de ter sido escrito em 2002, está mais atual do que nunca.... |
Comentário #33 — 27/04/2010 15:10 fernando magalhães — estudante de engenharia elétrica UTFPR — CORNELIO PROCOPIO |
Caro Ênio |
Comentário #34 — 19/10/2010 03:54 Cássio Pantoja — Estudante — Porto Velho |
Ênio, parabéns pelo texto. |
Comentário #35 — 22/10/2010 14:12 Caio — Estudante de engenharia — São Paulo |
Caro Ênio, estou cursando o 3º ano de engenharia e tenho que concordar com algumas afirmações que o sr. faz em seu texto, principalmente com a qual o sr. diz que não somos lecionados por engenheiros que atuam no mercado, como acontece nas faculdades de medicina e direito. Porém, devo discordar em alguns pontos cruciais, assim diria. O sr. exemplifica que na faculdade de direito, por exemplo, os alunos são chamardos de doutor. Acho isso uma extrema arrogância da parte deles. Para mim, quem tem o mérito de ser chamado de Doutor é apenas aquele que fez um doutorado em alguma instituição regularizada pelo MEC. Da mesma forma o médico, que é conhecido como doutor, sendo que muitas vezes nem um mestrado este fez. Também não somos acostumados a um linguajar específico e estilo de vestimenta porque a engenharia é realmente muito ampla, tendo pessoas que irão trabalhar em bancos, outras em indústrias, outras abrirão seus próprios empreendimentos, ou seja, a classe \"engenheira\" não tem e não pode ter um estereótipo bem definido como no caso dos médicos e advogados, porque isso (aí sim) limitaria nossa mente e nossas expectativas. Conheço muitos engenheiros formados já a alguns anos (tenho parentes e amigos engenheiros), e somente 1 ou 2 que não são felizes com a carreira ou tem auto-estima baixa (mas vale a pena detalhar que estes também nunca forão tão esforçados e determinados como nós, engenheiros ou futuros engenheiros costumamos ser). Ou seja, acho que não se pode generalizar que todos os engenheiros tem auto-estima baixa ou afirmações que sigam esta linha. Como disse, estou no 3º ano de faculdade, e apesar de somente ter sido \"martelado\" por matérias que sei que nunca usarei em minha vida, acho isso extremamente necessário para a formação do engenheiro técnico e seu perfil de ser que \"sabe que pode\". Nunca me senti rebaixado, e continuo sendo admirados pelas pessoas ao meu redor que sabem que faço engenharia. Na faculdade tenho algumas notas baixas e algumas dependências, mas mesmo assim me sinto (agora serei eu o arrogante) superior, assim como o sr. defende que devemos ser. |
Comentário #36 — 11/12/2010 23:44 Gustavo Franke — Engeheiro em Sistemas — Denver, CO |
Caro Ênio, acho seu artigo muito alinhado com meus pensamentos, e eu me sentí muito identificado com a maioria das coisas. |
Comentário #37 — 23/02/2011 15:35 Fabiano — Comércio Internacional — Ribeirão Preto SP |
Olá, parabéns pelo texto. |
RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA |
Fabiano |
Comentário #38 — 09/01/2012 23:39 Wilson Cavalcante Guedes — vendedor — Guarulhos |
Mais uma vez, e claro merecidamente, parabéns.Estou na metade do curso de Eng civil e a cada semestre os remanescentes são cada vez menores.Sou cristão e tenho buscado motivação em DEUS,os comentários que se houvem é:Isso não é pra mim,esse professor é louco eu não aguento mais.....etc.Eu já passei por tantas coisas que é como se estivesse vacinado, a pressaõ psicologica tem sido para mim uma oportunidade de investir nos ralacionamentos,tenho literalmente puxado pelas mãos alguns para não desistir e particulamente acredito que se nós estudantes não nos ajudarmos mutuamente chegar ao final será muito mais dolorido.Sou brasileiro e não desisto nunca |
RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA |
COMENTÁRIOS Prezado Wilson |
Comentário #39 — 12/01/2012 08:23 Felipe Perez — Engenheirando — Bremen, Alemanha |
Padilha, creio que seu texto se aplica aos alunos que abaixam a cabeça a professores rudes ou a situações desafiadoras no curso. Os engenheiros devem ser profissionais mais empreendedores e líderes, que tem que saber lidar com os desafios do ambiente. Auto-confiança e conduta se aprende em casa e a gente deve colocar isso em prática nos estágios, laboratórios e aulas. Acredito que certa tensão faz as pessoas se "mexerem" pra conseguir o melhor, assim como na vida profissional. O bônus vem para aqueles que tem coragem e competência para enfrentar as provas mais difíceis do curso (ou um problema típico de engenharia). Na vida profissional não vai ter ninguém pra passar a mão na cabeça e o engenheiro deve estar apto a resolver problema sob quais quer circunstancias.. o respeito de um profissional deve vir de acordo com a capacidade de gerar resultados, não com um título universitário... |
Comentário #40 — 10/08/2012 07:10 Jéssica Albizu — Estudante — São Carlos |
Ênio, |
RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA |
Pode, sim, Jéssica |
Comentário #41 — 07/09/2012 02:37 Nathália — Estudante de Engenharia — Belo Horizonte |
Estamos ao final de 2012 e aqui no CEFET-MG as coisas não são diferentes. Quando entrei na faculdade eu era cheia de auto estima, esperanças e felicidade de poder estudar para exercer uma profissão que sempre quis desde criança. Tinha estudado na melhor escola da cidade e desde pequena, e até hoje, mesmo sofrendo pelos desafios, gostava muito de matemática. Hoje no nono período de Engenharia de Materiais, posso dizer que muito do sentimento que eu possuía ao entrar na faculdade foi amargurado, eu tive muitos professores bons, por outro lado alguns que gostaria de nunca mais ver. A humilhação, o descaso e principalmente o terrorismo são atributos frequentes em alguns professores. Eu vejo os professores reclamando que os calouros entram na faculdade com muita imaturidade, feito crianças mas quando se acaba de completar os 18 anos de idade, não poderia ser muito diferente disto. Concordo que muita parte da formação como profissional vem dentro da faculdade. |
Comentário #42 — 23/12/2012 13:47 Artur Balthazar — Estudante de Eng. Mecânica — Criciúma |
Sou estudante de engenharia mecânica da UFSC e estou passando para o segundo semestre agora. Não vou levar em consideração o pensamento de que o 1º semestre é o mais fácil de se passar, porém, me enquadrei muito pouco no perfil do estudante de engenharia que você citou e gostaria de fazer algumas críticas (construtivas, claro). |
Comentário #43 — 05/01/2013 03:05 Ricardo Gutierrez — Engenheiro Eletrônico — São Paulo |
Muito interessante seu artigo. Nunca havia visto alguém tratar desse assunto, que até então eu achava que era algo que só a mim incomodava. Veja só, trabalho em uma empresa estatal paulista onde há médicos, advogados (muitos) e engenheiros (muitos), estes das mais variadas formações: civis, mecânicos, elétricos etc. O tratamento dispensado na estrutura organizacional da empresa aos advogados e médicos é bem diferente do dispensado aos engenheiros, muito embora estes estão por toda estrutura da empresa, pelo fato de a engenharia estar mais ligada à atividade-fim da empresa. Ouvi dizer que em tempos remotos, na mesma empresa que trabalho, os engenheiros eram tratados de "Doutor", do mesmo modo que advogados e médicos. Não que eu queira ser chamado de "Doutor", como se isso fosse prova de respeito, mas só por esse fato, é fácil perceber-se a verdade do que você tão bem expôs. Fazendo uma auto-crítica a nossa categoria, acho que falta a nós, engenheiros, uma postura mais altiva e unida como classe, assim como são os advogados e médicos. E nisso incluo uma boa parcela de culpa do CREA e Sindicatos dos Engenheiros, que deveriam atuar desde os primeiros anos nas Faculdades de Engenharia espalhadas pelo Brasil, fazendo um trabalho de nesse sentido, por que hoje, o primeiro contato que o recém-formado de Engenharia tem com o CREA ou o Sindicato é a cobrança de anuidade. Aliás, isso eles sabem fazer muito bem. |
Comentário #44 — 28/04/2013 16:41 Pedro A. — Estudante E. Civil - UFMG — Belo Horizonte |
Felizmente acredito que essa realidade está mudando, pelo menos aqui na UFMG. A grade curricular ta ficando mais diversificada e nós alunos estamos cada vez menos dependentes de professores que querem por lá em baixo a auto-estima do aluno, que realmente existem. O contato com professores que atuam como engenheiros fora da universidade ajuda muito, ainda mais quando os mesmos são bem sucedidos e gostam do que fazem, isso torna o nosso esforço muito mais gratificante. |
Comentário #45 — 21/05/2015 11:57 Djan Rosário — Engenheiro Eletricista — Palhoça |
Prezado Eng. Ênio, |
Comentário #46 — 15/11/2017 02:00 Severino Cordeiro — Engenheiro Eletricista — Natal |
Quando li esse artigo me vi nesse texto , é muito triste ver que hoje em dia os médicos são deuses apoiados pelos milagres das máquinas projetadas e construidas por nós engenheiros e nós somos apenas os coadjuvantes nessa história. |
Comentário #47 — 19/08/2018 19:06 ALEXANDRE MANICOBA DE OLIVEIRA — Engenheiro / Professor — Praia Grande |
Parabéns Ênio, texto incrível que mudou minha vida, ainda na graduação de engenharia, a mais de 10 anos atrás. Na época, em 2006, 2007, ao ler o texto, passei a entender o comportamento de alguns professores, que na verdade faziam apenas o que tinham vivido em seu período de formação. Texto incrivelmente motivacional, parabéns! |
Comentário #48 — 10/06/2021 00:22 Carolina — Física — São Paulo- SP |
Estou concluindo meu ensino superior em física agora nesse ano e estava me sentindo complemente desmotivada de pensar o que eu quero fazer de pós graduação. Fiquei muito intrigada e não conseguia responder para mim mesma "qual era o meu sonho e no que eu queria me especializar". Achei estranho porque eu sempre me encantei com física e sou apaixonada na aplicação clínica da física utilizando radiação ionizante. Mas por algum motivo,eu sei lá só sentia que eu não queria sonhar com nada. É muito triste me ver nessa situação hoje, porque eu lembro da admiração e o sonho que eu tinha de fazer o curso. Eu lembro dos dias e noites que eu passei, estudando e sonhando em estar onde eu estou hoje. Lendo o seu texto eu encontrei o motivo por eu simplesmente "desistir" de criar metas... O desgaste emocional e todas as humilhações que eu tive que aguentar de alguns professores do meio acadêmico que simplesmente faziam questão de dizer o quanto os alunos eram menos e o quanto a gnt deveria desistir do curso. Isso me afetou muito e eu me sinto muito burra e incapaz, mas o pior de tudo é sentir que eu mesma perdi a vontade de sonhar e levar essa ciência tão bonita que eu aprendi para o mercado de trabalho. Eu espero que por eu ter conseguido enxergar a raiz para eu simplesmente desistir de criar metas e sonhar me ajude a reverter essa situação e enxergar a profissional que eu posso me tornar. Parabéns pelo texto e obrigada pelo espaço nos comentários para o meu desabafo. |
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