DESIGN DESMODRÔMICO (para curiosos)

(Este artigo foi publicado em 23/04/2013)



Lígia Fascioni, quando era menina, estudou eletrotécnica na ETFSC. Depois cresceu e fez Engenharia Elétrica na UFSC, trabalhou 12 anos programando robôs. Neste período fez uma pós-graduação em Marketing, um mestrado em Engenharia Elétrica e depois outra pós em comunicação e publicidade.

Mas não parou por aí: fez doutorado em Engenharia de Produção, com foco em Gestão Integrada do Design, escreveu diversos livros sobre design e identidade corporativa, apresentou centenas de cursos e palestras pelo Brasil inteiro e atualmente mora em Berlin, onde estuda alemão e se prepara para o Pós-Doutorado.

[IMG2;ligiafascioni.jpg;E]Feita a apresentação formal, serei mais direto e objetivo: Lígia Fascioni é um Gênio! Uma inteligência rara. Uma cultura absurda. E uma capacidade de escrever bem que me impressiona sempre.

Nas minhas aulas, muitas vezes, uso textos da Lígia Fascioni para ilustrar temas sobre os quais eu mesmo já escrevi antes. Porque ela sempre consegue ser mais inteligente, criativa e certeira... impressionante!

Por isso, não me surpreendi com o novo livro dela, DESIGN DESMODRÔMICO (para curiosos), recém lançado pela Editora 2AB.

[IMG2;desmodromico_ligiafascioni.jpg;D]Trata-se de um livro que deveria ser obrigatório para o primeiro semestre de todos os cursos de Design. Na verdade, incluiria também os cursos de Engenharia e Administração, porque os conceitos apresentados na segunda parte do livro (o Design Thinking) é da conta, principalmente, dos gestores do negócio. Qualquer negócio.

Quem ler o livro irá entender a diferença entre o Design e a Engenharia. Vai saber como o Design pode ser visto como uma abordagem administrativa e como ele pode orientar a estratégia de uma empresa (repito, qualquer empresa). E vai entender a importância de realmente manter a mente aberta para a possibilidade de você estar errado sobre tudo (ou quase tudo) o que você sabe.

Na introdução da primeira parte do livro Lígia Fascioni descreve um pouco da sua angústia vivida na transição da Engenharia para o Design (das ciências naturais para as humanas). Também vivi esse tipo de dificuldade quando fui fazer minha especialização em Marketing Empresarial e depois o Mestrado em Administração. Foi muito difícil controlar o engenheiro cartesiano e taylorista que eu sempre fui.
Na verdade, não deixei de ser taylorista (veja AQUI a minha explicação). Apenas encontrei espaço na minha cabeça para os conhecimentos importantes que as ciências humanas me trouxeram. E o livro da Lígia Fascioni deu uma boa arrumada nos conceitos que ainda não estavam bem acomodados na minha cachola. Ao ler o livro sentia muita coisa descortinar. Foram alguns bons momentos de revelação.

Dei sorte de ler este livro justamente algumas semanas depois de ter lido outro livro fantástico: Subliminar, do Leonard Mlodinov (sobre o qual pretendo escrever em breve). O livro da Lígia serviu como argamassa para fixar alguns tijolos que Mlodinov tinha fornecido mas que eu não tinha entendido direito como aproveitar. Adoro quando leio, na sequência, dois livros que se complementam.

Se você é Arquiteto, Engenheiro ou Administrador, não deixe de ler DESIGN DESMODRÔMICO (para curiosos). Se você não é profissional de nenhuma dessas especialidades, mas gosta de uma leitura elegante, bem humorada e instigante, já tem um bom presente de aniversário para pedir aos seus amigos.



ÊNIO PADILHA
www.eniopadilha.com.br | ep@eniopadilha.com.br




DIVULGAÇÃO
[IMG1;Divulga_Livro.png;650;C;http://www.oitonovetres.com.br/loja]




PS: Para ter acesso ao livro, basta clicar sobre qualquer uma das figuras que ilustram este texto.

Comentário #1 — 24/04/2013 09:05

Ligia Fascioni — Engenheira eletricista — Berlim

Nossa, fui ficando cada vez mais vermelha ao ler sua resenha! Você é muito generoso, meu amigo; e saiba que também já usei vários de seus textos nas minhas aulas. Pensando bem, a gente forma uma bela dupla de dois, heim? Eeheheheh....

Muitíssimo obrigada e cada vez mais sucesso (merecidíssimo) para você!!!

RÉPLICA DE ÊNIO PADILHA

E o mais interessante, queridos leitores, é que a Lígia e eu praticamente não nos conhecemos pessoalmente.
Nosso primeiro e único encontro até hoje foi em 2003 e não durou mais que dez minutos.
Foi logo depois de uma palestra que eu apresentei em Florianópolis. Ela me foi apresentada pelo organizador do evento, nosso amigo comum Mauro Faccioni Filho que elogiou tanto a inteligência da moça que me levou a prestar mais atenção em tudo o que ela dizia e, depois, nas coisas que ela escrevia.
Daí pra frente o site dela passou a ser parada obrigatória e os seus livros uma leitura necessária.
Ela é, com certeza, uma das referências intelectuais mais importantes para o meu trabalho



PS: Este problema foi resolvido em outubro de 2013, quando estivemos em Berlin e tivemos a felicidade de desfrutar, por dois dias, da companhia e da inteligência da Lígia e do Conrado (que foi meu colega de faculdade no início dos anos 1980).

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