HOMENAGEADOS NO MEU NOVO LIVRO

(Publicado em 06/07/2015)





Imagem: OitoNoveTrês



Em cada um dos meus livros busco homenagear pessoas que sejam importantes e que tenham alguma relação com o tema do trabalho. Neste novo MANUAL DO ENGENHEIRO RECÉM-FORMADO, cuja primeira edição será lançada pelo Crea-SC no dia 17/07/2015, em Florianópolis, resolvi homenagear oito profissionais que foram muito importantes para os primeiros anos da minha formação de profissional da engenharia.
A maioria deles não conhece todos os outros nomes da lista. Por isto escrevi a eles um e-mail, com o objetivo de apresentar uns aos outros.
Como eu gostei do resultado, resolvi publicar aqui para, enfim, apresentar a todos os meus amigos e leitores esse time especial de seres humanos.
Antes, é importante dizer, a lista no livro foi apresenta pela ordem cronológica da "entrada em cena" de cada um na minha carreira profissional.

Mauro Facioni Filho é um dos amigos mais antigos que eu tenho. Nos conhecemos nos corredores da UFSC, no dia da matrícula no curso de Engenharia Elétrica, em janeiro de 1980. Moramos juntos na pensão da Albinha, na Trindade, dividimos aventuras literárias e jornadas na política estudantil.
Depois que nos formamos engenheiros ele se tornou um líder empreendedor e mentor intelectual. Compartilhamos experiências, trocamos socorro profissional nos nossos escritórios por muitos anos. Ele se tornou padrinho de uma das minhas filhas e é, até hoje uma das pessoas mais queridas da minha família. Ele é Doutor em Engenharia Elétrica (com pós-doutorado em Londres) e diretor da Specto Tecnologia e Fazion Sistemas, em Florianópolis (SC);

Marcos Vallim tem status de irmão. Estudamos juntos na faculdade. Moramos juntos no “Calabouço”, Compartilhamos lutas e ideologias. Ele e o Mauro foram os meus principais interlocutores intelectuais durante o período da universidade. Fundamentais para a construção da minha visão de mundo e filosofia de vida. Marcos é meu cumpadre. Padrinho da minha outra filha. Lá em casa ele dá as ordens (principalmente na cozinha). Marcos é professor universitário no Paraná (Doutor em Engenharia pela UFSC) com uma carreira acadêmica brilhante.


Sebastião Lauro Nau é o cara! simples assim. Um dos engenheiros mais brilhantes que eu tive o privilégio de conhecer. Sua inteligência é reconhecida e reverenciada por todos que o conhecem. E, apesar disso, ele é uma pessoa de uma humildade e uma generosidade absurdamente impressionante. O Marcos costuma chamá-lo de “São Sebastião” e garante que o lugar dele no céu está garantido, nem que, para isto, algum santo mais antigo tenha de ceder o seu lugar.
O Mauro, o Marcos e o Sebastião são meus grandes amigos até hoje, mas entraram nesta lista pelo que fizeram por mim durante a faculdade. Sem eles eu teria tido muito mais dificuldade para me tornar engenheiro. Cada um deles, à sua maneira e no seu turno, foi fundamental para que eu tivesse enfrentado com sucesso aqueles anos duros de universidade.

Com Paulo Grunwald eu tenho uma dívida de gratidão impagável. É uma história praticamente inacreditável: quando eu cheguei em Rio do Sul e abri meu Escritório de Engenharia, em 1986, Paulo era um profissional estabelecido no mercado. Fui procurá-lo e pedir ajuda e orientações para abrir o meu próprio escritório (e tornar-me seu concorrente). Num gesto que só mais tarde eu pude dimensionar, Paulo não só me deu orientações muito precisas e valiosas como também transferiu para mim três contratos que ele tinha fechado com clientes da região. Me levou (no carro dele) até os clientes, me apresentou a eles e repassou os trabalhos. Ou seja: devo ao Paulo Grunwald os meus três primeiros clientes como engenheiro. E ele nunca aceitou um centavo dos valores que eu recebi daqueles primeiros serviços. Fez o que fez apenas para me ajudar. Não é inacreditável?

Arno Nardelli era o principal líder dos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Região de Rio do Sul. Um gigante (nos seus pouco mais de 1,60m) sempre teve a atenção e o respeito dos colegas. Era um líder agregador, produtivo, respeitoso. Com ele eu tive as minhas primeiras lições sobre deontologia e ética profissional. Com ele tive lições importantíssimas de como lidar com as idiossincrasias do nosso sistema profissional. Ele me apoiou nas minhas empreitadas da militância pela valorização profissional e foi um dos primeiros leitores (e apoiadores) dos meus artigos. Até hoje tenho pelo Arno um respeito enorme pelo que ele representa para a Engenharia de Santa Catarina.


João Luiz Leão, infelizmente falecido há mais de dez anos, foi fundamental num momento crucial da minha carreira, logo no início da minha vida profissional: tive a infelicidade (e a imaturidade) de cair num golpe de um estelionatário conhecido na região (mas desconhecido por mim). Em poucos meses ele me enrolou em uma situação que me deixou completamente endividado e numa condição de insolvência total. Por “sorte” minha, esse cidadão era, de fato, bem conhecido (portanto, todos entenderam minha situação precária). Sorte maior foi que João Luiz Leão era presidente da Associação dos Engenheiros do Alto Vale do Itajaí e tinha uma reputação muito forte. E teve disposição para queimar uns cartuchos para me ajudar. Empenhou-se pessoalmente para me arrumar trabalho e ocupação e me ajudou muito naquele período de difícil transição. Espero que a família dele saiba que sou eternamente grato por isso.

Maristela Macedo Poleza é uma arquiteta estabelecida em Rio do Sul. Já estava lá quando eu cheguei. Ela confiou no meu trabalho. Passou a me apresentar aos clientes dela e, no fim, negociava com os clientes e defendia os meus projetos com muita convicção. Numa certa ocasião, colocou sua própria posição em risco, diante de um cliente, exigindo que o projeto elétrico fosse feito pelo meu escritório. Coisas assim a gente não esquece. Ela sempre foi muito leal e extremamente ética. Portanto, é uma felicidade, pra mim, vê-la agora coordenando um curso de Arquitetura. Os alunos não poderiam ter melhor exemplo de competência, integridade, responsabilidade e, principalmente, ética profissional.

Edson Luis Knabben era engenheiro na Celesc — a concessionária de energia elétrica de Santa Catarina. Antes mesmo de nos tornarmos grandes amigos, ele foi um grande mentor. Me ensinou os caminhos corretos, me orientou sobre os cuidados que eu deveria tomar. Me ajudou a desatar nós dos processos de consulta prévia, e analise de projetos. E sempre com uma postura corretíssima, que inspirava a todos em torno dele. Ele sempre teve um jeito muito discreto de ser uma pessoa importante agindo como se não estivesse participando do processo. Aprendi muita coisa com ele.


Por último (por ordem cronológica, como eu já disse) e já em Jaraguá do Sul, para onde eu havia transferido o meu escritório, veio a Ruth Borgmann, arquiteta de primeira, muito bem sucedida e que, como a Maristela, acreditou e confiou no meu trabalho, adotou meu escritório, recomendava os meus serviços para os seus clientes e, muitas vezes, discutia com os clientes para defender os meus pontos de vista ou mesmo os meus interesses. Mas, além disso, Ruth Borgmann tornou-se uma grande amiga e orientadora. Ponderada e inteligente, sempre soube dar os conselhos certos para a condução das negociações com os clientes e a condução daqueles primeiros anos da carreira. Ela hoje mora em Spokane, lá na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. Mas ainda mantém seu escritório de Jaraguá do Sul funcionando.

Relendo agora esse breve relatório, escrito assim, de um só fôlego, chego à conclusão de que, com amigos dessa qualidade, no início da minha carreira, não foi por acaso que as coisas acabaram dando certo para mim. Sou muito grato a cada um deles.

Espero que estejamos todos juntos no dia do lançamento do livro, 17/07/2015, em Florianópolis.





PADILHA, Ênio. 2015





CONHEÇA O LIVRO




MANUAL DO ENGENHEIRO RECÉM FORMADO
Tudo o que o profissional precisa saber para construir uma carreira bem sucedida.

autor: Ênio Padilha
ilustrações: Sérgio dos Santos
prefácio: Carlos Alberto Kita Xavier
ISBN: 978 85 67657 01 1
Editora: OitoNoveTrês Editora
preço de capa: R$ 45,00 (Segunda edição - OitoNoveTrês Editora - início da comercialização, 18/08/2015)

lançamento da primeira edição - Crea-SC:
17 de julho de 2015 - Sexta-feira.


citar:
PADILHA, Ênio. Manual do engenheiro recém-formado. Balneário Camboriú: OitoNoveTrês Editora. 2015. 162p.

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