UM DIA NA MINHA HISTÓRIA COM O ATLETISMO

(Publicado em 04/02/2014)



No dia 15 de fevereiro acontecerá em Rio do Sul (SC) um almoço para reunir os ex-atletas e treinadores da Equipe de Atletismo da década de 1970 (comandados pelos queridos Jose Santos e Aroldo Schünke).
Eu fazia parte daquele grupo e estarei lá, com certeza.

Então... apenas pra ir "ativando as memórias dos anos 1970" segue aí, junto com a fotografia, o relato de UM DIA NA MINHA HISTÓRIA COM O ATLETISMO:





Imagem: OitoNoveTrês



Em 1976 eu tinha 17 anos e era louco por atletismo. Pra ter uma ideia da coisa, eu trabalhava no escritório da Sulbrasil, em Rio do Sul. E eu tinha direito a férias. Mas, em vez de guardar para o verão (e ir para a praia) eu tirei férias em julho, exatamente nas semanas anteriores aos Jogos Abertos Regionais. Afinal, era a minha grande oportunidade de conseguir o índice para os JASC e eu queria aproveitar para finalizar os treinos para a competição.

Ninguém na minha família ou entre os meus amigos entenderam aquela decisão. Mas o Aroldo e o Santo gostaram da minha dedicação. Eles me tratavam com muito carinho porque entendiam o que aquilo significava para mim.

No dia dos 10 mil metros (domingo, 25/07/1976) eu estava pilhadíssimo. Sabia que iria correr pelo terceiro lugar, já que o Celsinho era um extra-terrestre e o Cabo (de Lages) corria tranquilo para 32 ou 33 minutos. Meu melhor tempo nos 10 mil tinha sido 37:40 e o índice era de 35:00,0. Mas eu estava confiante. E o Santo também. Então... bora correr até o limite.

Foram 25 voltas contando os segundos. O Celso voou na frente e distribuiu capotes à vontade. O cabo tomou uma distância confortável do pelotão que se formou para disputar o terceiro lugar. A corrida ficou interessante lá atrás.

Quando a galera de Rio do Sul sentiu que dava pra eu chegar começou uma movimentação e gritaria em volta da pista que foi me deixando muito animado. Santo e Aroldo gritavam instruções, Paulino, Miguel, Luciano, Julio, Célio Brasil, Marlene, Shyrlei, Margit, Marília... foi juntando gente... e eu, firme na disputa. Não podia decepcionar uma torcida dessa qualidade, né?

Quando entramos nos últimos 200 metros o Santo mandou eu voar. Eu cavei as últimas gotas de energia que havia. Não voei, mas cheguei na frente do grupo. Terceiro lugar. Que felicidade! Pra mim foi como se eu tivesse sido campeão.

Depois de alguns instantes, o Aroldo surge, eufórico, informando que eu tinha feito 34min59,1s (ou, seja: consegui o índice por menos de um segundo!)

Fiquei totalmente feliz por algumas semanas. Foi bom demais.





PADILHA, Ênio. 2014





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