FÓRMULA UM. O ESPORTE DOS ENGENHEIROS

(Publicado em 27/03/2009)



Diz aí: você conhece algum engenheiro que não gosta de Fórmula Um? Não de automobilismo em geral, mas de Fórmula Um, em particular.



Pois começa neste final de semana o campeonato mundial de 2009. Para a maioria das pessoas trata-se da disputa de Felipe Massa com Lewis Hamilton, Carlos Alonso e Kimi Raikkonen pelo título; trata-se de mais um ano na interminável carreira de Rubens Barrichello ou da segunda chance de um Senna na competição.

Nove entre dez engenheiros, no entanto, acompanham o campeonato com outros olhos. Curtem os desenvolvimentos tecnológicos, os recursos aerodinâmicos os refinamentos e os detalhes mínimos que fazem toda diferença.

A Fórmula Um é um esporte em que um grande atleta não consegue grandes perfórmances sem um equipamento de qualidade e sem o suporte de uma grande equipe. Por isso, na Fórmula Um a engenharia é considerada uma das estrelas do espetáculo. E, por isso exerce tanto fascinio sobre os engenheiros.

Os engenheiros estão para a Fórmula Um assim como os preparadores físicos estão para o futebol. Não são os estrategistas da equipe, como os treinadores no futebol, mas, assim como os preparadores físicos, são eles que garantem que as máquinas darão conta de fazer o que se espera delas. E são eles (os preparadores físicos e os engenheiros, cada um na sua) que dão aos treinadores e chefes de equipes as opções técnicas que permitem montar as estratégias da competição.
Não é por acaso que, frequentemente, pilotos com certo nome e status, ao assinar contratos com novas equipes, fazem questão de levar consigo seus engenheiros.

Pneus, motores, combustível, aerodinâmica, suportes, rolamentos, pinos... todos os detalhes são parte do espetáculo. O engenheiro de corrida é o primeiro a ser chamado caso alguma coisa fora do normal seja diagnosticada no carro após uma corrida ou teste. Por isso nos acostumamos com nomes como Francesco Nenci, Gianluca Pisanello,Adrian Newey, Luca Baldisserri, Rob Smedley e Phill Prew (esses dois últimos, responsáveis pelas máquinas de Felipe Massa e Lewis Hamilton) sem falar da vedete do momento: o engenheiro Ross Brawn, cuja equipe está pintando como uma agradável surpresa para esse início de temporada.

A partir desta sexta-feira estaremos à postos, no nosso sofá, atentos às manobras dos corredores que manobram, muitas vezes com requintes de genialidade, os seus carros de corrida, mas que têm como sombras permanentes nossos colegas engenheiros que, como já foi dito por Becken Lima, no Blog F1 Around, são "as mentes por trás dos pilotos"





PADILHA, Ênio. 2009




Leia também: MICROCOSMO
Um artigo de Lucas Giavoni no portal GP Total mostrando quanta ciência e tecnologia faz parte do mundo da Fórmula 1.






Comentário #1 — 29/03/2009 13:42

PAULO CESAR BASTOS — ENGENHEIRO CIVIL — Salvador-Ba

Prezado Ênio Padilha
Não conheço,também, engenheiro que não goste de Fórmula 1.Pode existir,mas deve ser caso raro.Eu mesmo sou apaixonado por automobilismo desde o tempo do adolescente que sonhava e estudava para ser engenheiro.
A Engenharia é que constrói os caminhos para a competição rumo ao progresso.Cada vez mais é preciso transmitir esta verdade.

Sobre F-1,recordo um filme de extrema beleza cênica e de uma engenharia de ediçao de imagens inovadora e de alta tecnologia para a época,pelo final dos anos 60 ou ínicio dos 70.Jovem estudante assisti ao fime GRAND PRIX.Numa das passagens o protagonista fala que as suas grandes vitórias ocorriam após um grande acidente.Enquanto outros paravam , ele acelerava.
A chamada crise financeira internacional é um acidente de percurso.O Brasil não pode parar, precisamos acelerar.Investir em obras de engenharia,construir a infraestrutura que precisamos, desenvolver tecnologias inovadoras e modernizar o parque industrial é o modo de pisar no acelerador.As obras do PAC serão fundamentais, não podem sofrer solução de continuidade.O plano de habitação recentemente lançado resgatará uma dívida social e criará os empregos e gerará renda em todo o País.
A nossa oportunidade, que sempre vem da chamada crise é agora. O engenho da inovação construirá a usina do progresso que será o nosso país continente, diversificado em climas e costumes, mas sempre unido e amado , o nosso Brasil.Vamos acelerar, o pódium será nosso.

Comentário #2 — 30/03/2009 09:59

Ênio Padilha — Engenheiro — Balneário Camboriú

O comentarista de Fórmula Um do Sportv, Rodrigo Mattar, disse hoje pela manhã, no programa Redação Sportv que "Hoje a engenharia é tão importante para as equipes quanto os pilotos"

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