MICO DO ANO 2011 - TÔ INSCRITO

(Publicado em 28/03/2011)



A coisa toda foi assim: cheguei em Salvador por volta do meio dia, conforme o previsto.
E, conforme o combinado, haveria um taxi à minha espera, providenciado pelo Crea-BA, promotor do evento. Enquanto eu aguardava pela bagagem na esteira o telefone tocou. Era o motorista, informando que estava me esperando lá fora, no saguão do aeroporto.
Peguei minha mala e saí. Lá estava o motorista me esperando (com plaquinha e tudo). Me ajudou com a bagagem e avisou que o taxi dele estava estacionado num local distante e que eu deveria esperar ali pra não ter de enfrentar aquele calor baiano...
Fiquei ali esperando. Daí a pouco ele chegou. Estacionou a uns oito,dez metros de onde eu estava, fez um sinal de positivo pra mim e eu fui até lá. ele me ajudou novamente com a bagagem. Acomodamos tudo no porta-malas e seguimos.

Logo que saimos ele me perguntou pra onde iriamos. Eu respondi "desculpe, pensei que o senhor já soubesse". Procurei o papel com o roteiro que estava no meu bolso e disse a ele o nome do hotel e o endereço.
Ele então fez uns cálculos de cabeça e disse "o senhor prefere que eu ligue o taxímetro ou prefere pagar um valor combinado? vai dar uns noventa reais."
Eu disse "Depende do que ficou combinado com o Crea. O que eles combinaram com o Sr?"
Ele perguntou "Crea? que Crea? O que é o Crea?"
"Ué. O Crea não mandou o senhor me apanhar e me levar no Hotel"
"Não senhor"
"Quem mandou o senhor, então?"
"Ninguém. Eu vim trazer um passageiro e o senhor entrou no meu carro..."

Bom, nesse ponto da história devo fazer um parêntesis para contar uma característica importante que eu tenho: eu sou péssimo fisionomista. Não consigo guardar rostos. Sempre digo pras pessoas que acabei de conhecer uma coisa que elas muitas vezes consideram um exagero: "se você sair daqui agora, trocar de roupa e a gente se encontrar ali na outra esquina, é provável que eu não o reconheça..."

Pois bem, nesse caso, não foi preciso nem o motorista trocar de roupa. eu simplesmente entrei no carro de outro taxista, achando que estava com o mesmo que saíra minutos antes para buscar o seu.
Ele fez sinal de positivo. Eu achei que ele estava me chamando. Ele simplesmente achou que eu estava querendo um taxi... tava feita a confusão.

Tocou o telefone e era o taxista certo, querendo saber onde eu andava. A essas alturas eu já havia pedido ao motorista que fizesse meia volta e me devolvesse ao ponto onde a confusão havia começado.

Por sorte os dois motoristas se conheciam, demos boas risadas da confusão. Paguei R$ 10,00 pela voltinha inútil que eu dei nos arredores do aeroporto de Salvador... e ficou tudo bem

A não ser o detalhe de que um dos motoristas era preto. E o outro branco.

Tá feia a coisa!





PADILHA, Ênio. 2011





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